Roman narrando.
A imagem de Isabella nua não me deixou dormir aquela noite, minha mente como uma ótima câmera fotográfica havia gravado cada traço seu corpo. E isso não me permitiu descansar, não sem ter que lidar com a ereção primeiro. Não fazia isso com frequência, me tocar era algo que fazia na adolescência antes de ter de sobra alguém para fazer por mim. Mas não parava de pensar nela, seus seios rosados e tão redondos...
Havia dito a ela que a queria, e céus, é errado mas como eu queria invadir o seu quarto naquela noite e a pegar de um jeito que ela nunca mais esqueceria. Mas como disse, é errado, e não faria isso, não desse jeito. Ela me desejava de volta, eu via isso, em cada gesto quando estava comigo, e isso só tornava tudo ainda mais excitante.
Quando o dia amanheceu eu já sai de casa, a manhã seria longa na empresa da família. Duas reuniões com investidores, e pela tarde com o cientista da empresa, o responsável pela criação dos medicamentos em que estavam trabalhando, o combate ao câncer. O dia todo passou como se fosse em câmera lenta, só consegui me liberar naquele dia depois das 15h e deixava a empresa com a maior satisfação do mundo, até encontrar minha secretaria no elevador que me levaria a garagem.
– Já vai embora, Sr. Ramírez?
Apenas concordei, apertando o botão para a saída. Ela era uma mulher muito atraente, morena, 1,75 mais ou menos, com um corpo de dar inveja. Eu definitivamente sabia escolher funcionárias, serviam tanto para o cargo quanto pra mim... E Karine era perfeita. Os lábios grossos, olhar felino, o pacote completo.
– Pensei que podíamos sair essa noite – Ela falou, ganhando meu olhar de surpresa – Um motel?
Abri a boca pra cortar ela, mas tive uma ideia ainda melhor.
– Em casa – falei, a olhando sorrir – um jantar, vou te apresentar como namorada.
– Porque? – ela questionou, me olhando surpresa e divertida.
Era inteiramente pra ver a reação da Isabella, mas claro que eu não diria isso.
– Uma brincadeirinha.
Isabella narrando.
Ajudei a tia Denise a preparar o jantar e a decorar a mesa, achava um charme os pequenos detalhes que ela se ligava. Deixava tudo com um ar tão aconchegante e adorável, colocava as taças sobre a mesa quando vi Roman chegar, isso automaticamente me deixou nervosa e quase derrubei uma delas.
Depois de ontem eu não havia o visto de novo, e eu ainda estava morta de vergonha pelo que aconteceu. Ele me viu pelada, e a forma dele olhar me da um desconforto enorme só de lembrar. Tirando o que disse também, ele despertava uns sentimentos em mim que eu nem conhecia. Umas sensações completamente novas pra mim.
– Mãe, essa é a Karine – ele chegou na copa dizendo – minha namorada.
Espera aí, o que? Parei o que fazia pra levar uma garrafa de vinho pra mesa e olhei pra mulher com ele, a reconheci na hora da empresa e o fato dele ter dito a ela pra esperar ele sem roupas. Olhei pra ele, que enchia um copo com whisky.
– Essa é minha prima, Isabella – apresentou, e eu tentei sorrir pra moça.
– Um prazer te conhecer! – A morena me disse, sorrindo ao apertar minha mão.
Concordei com a cabeça, olhando meu primo que secava o copo em instantes.
– Vou tomar um banho – avisou, saindo da sala de jantar.
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Quase Um Pecado - CONCLUÍDA
RomanceA paixão não escolhe por etnia ou religião, cor ou sexualidade, quando ela vem, em grande peso, ela sempre vence as barreiras criadas pelo ser humano através dos anos.