Ao amor que nunca morre

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Roman narrando.

Desde que tudo aconteceu e eu vi o amor que tanto busquei se desfazer, estava tentando me reerguer. Não estava no meu melhor momento, mas o pior tinha passado também.Voltar a falar diariamente com a Isabella me ajudou em diversos pontos, quando ela me ignorava eu sentia que não suportaria mais, a indiferença que ela usou comigo por dois infinitos meses quase me destruiu, como se eu não fosse mais inteiro sem ela. Mas então, quando ela me ligou e conseguimos nos entender, entrar em um acordo, e seguimos nos falando todas as noites até pegar no sono, isso tudo, a companhia dela, mesmo que de longe. Me ajudou muito a superar o término, o primeiro que eu senti de verdade, e ainda sinto.

Não achei que seria uma boa ideia vir a esse jantar organizado pelo Tom, mas se eu não viesse ele ficaria muito zangado. Ele estava me obrigando a gostar da Yasmin, não que ela seja uma pessoa ruim ou mesquinha, mas eu não consigo sentir mais do que desejo por ela. E como já somos bem íntimos, um jantar, em casal, não era a ideia de como passar o meu sábado. Mas acabei cedendo, para a alegria do meu melhor amigo, que estava super envolvido com a Bianca, ironicamente melhor amiga da Yasmin.

— Te levo até sua casa — disse, segurando sua mão pequena a puxando pra mim — O que acha?

A loira sorriu, tocando meu rosto e acariciando levemente o meu queixo. Encarei seus lábios por alguns instantes, avermelhados pelo batom.

— Eu ia chamar um táxi — falou, encarando a rua movimentada — Mas eu aceito!

Entramos no meu carro, e eu liguei o som, a nossa falta de assunto era tanta que não dissemos nada durante uma música inteira. A avenida estava bem movimentada, quase havia trânsito no ponto em que estávamos. Mas ainda assim minha atenção conseguia não estar aqui.

— Se divertiu hoje?

— Foi ótimo — respondo, ainda encarando as ruas — E você?

— Gosto da sua companhia.

Sorri, a olhando de relance. Sentia falta de uma mulher no banco do passageiro, mas, seus fios amarelos não eram exatamente o que eu gostaria de ver. Neguei com a cabeça, afim de afastar o pensamento na Isabella. Estava decidido a seguir em frente, mas, toda hora me via pensando nela. A noite toda. Levei a mão na sua coxa, acariciando ali brevemente a olhando me encarar, esperando alguma resposta. Molhei os lábios com a ponta da língua, pensando no que dizer.

— Eu gosto da sua também.

— É? — questionou, tocando minha nuca – O que mais gosta em mim?

— Seus peitos são lindos — assumi, voltando a dirigir e a ouvindo rir — É sério!

A levei em casa como prometido, ela insistiu para que eu ficasse um pouco mais, mas eu não estava afim. Não essa noite. Por algum motivo eu só queria ir embora, para minha casa, minha solidão. Nunca me imaginei trocando sexo e companhia por uma casa vazia, mas, contra todas as expectativas, dirigi até em casa e me joguei no sofá mesmo, nem me dando ao trabalho de subir as escadas. Peguei meu celular vendo algumas notificações do Instagram, eram várias, Tom havia postado nossa foto e me marcado. Então havia uma dezena de comentários, só uma coisa em especial me chamou a atenção, Isabella havia curtido um comentário que fiz na foto da Ya a algumas semanas, ela estava vendo aquilo porque? E curtiu pra que? Me mostrar que viu? Sentiu ciúmes? Porque só essa ideia me fez sorrir? Foi automático, voltei na nossa conversa, relendo as últimas mensagens.

Isabella: Estudei o dia todo! Vou acabar saindo com as meninas, beber alguma coisa... Você me transformou em uma alcoólatra!
Roman: Deve me agradecer por isso um dia, sem o álcool a vida é um porre.
Isabella: Não existe coerência na sua frase, mas vou ignorar isso! E você, vai sair hoje?
Roman: Estou vendo ainda... Mas se diverte, tá?
Isabella: Você também!

Quase Um Pecado - CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora