Uma mentira

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Roman narrando.


01:47


Estava fascinado pela Isabella assim, aos poucos estava tirando todas suas inibições e ela se soltava ainda mais na cama. Aos poucos, a imagem de garotinha pura que ela emanava deixava de existir, e dava espaço a uma mulher absolutamente incrível. Estávamos voltando pra casa no começo da madrugada, ela colocava música pra tocar enquanto eu dirigia e entre um instante e outro a olhava, tão linda, tão leve. Estava com os cabelos molhados pela nossa brincadeira na hidro, sem maquiagem alguma e com um sorriso bobo no canto dos lábios. Era tão linda que me fazia querer a olhar e esquecer da rua pouco movimentada pelo horário.

- Porque tá me olhando a cada cinco segundos?


- Você é linda demais, não consigo evitar - disse, vendo seu sorriso dobrar de tamanho - o que tem em você, hein?

- Nada demais, garanto - suspirou, acariciando minha nuca - aos poucos tô derretendo você?

- Talvez - sorri, voltando a atenção a rua - Mas também, depois de transar daquele jeito... Não tem como não me "amolecer".

- Roman! - Me repreendeu, corando - Não fala sobre isso...

- Porque não?

Sorri, notando como seu rosto
avermelhou cobrindo assim todas suas sardinhas. Ela deu de ombros.

- É constrangedor - rebateu, depois de pensar no que diria.

- Qual parte mais gostou? - provoquei, a olhando me fuzilar com os olhos - Eu me amarrei quando te coloquei de quatro na cama, tão gostosa...

Ela rolou os olhos agora, não deixando de sorrir de canto. Respirou fundo, passando a mão no rosto, descendo pelos cabelos e enrolando a ponta do cabelo no dedo.

- Gostei quando me chupou na cozinha - disse baixo, me surpreendendo - adoro sua língua passeando em mim.

Mordi a boca, satisfeito demais em saber disso, porque eu amava deixar Isabella louca, e saber como ela gosta quando a chupo me deu várias ideias. Logo chegamos, e estacionei na garagem ao lado do carro do meu irmão. Olhei pra ela antes de descer e a dei um selinho demorado.

- Bons sonhos, meu amor - falei só pra ver seu sorriso lindo de novo.

- Boa noite amorzinho - disse, devolvendo o selinho - essa vida dupla tá me matando.

- Mas vale a pena, né?

Ela só concordou, pegando seu urso do banco de trás e deixando o carro. Acompanhei ela até ela subir a escada que dava acesso a parte interna da casa, desci do carro, e fui até os fundos me sentei próximo a piscina e acendi um cigarro.

Isabella narrando.

Subi as escadas depressa, amanhã teria aula e já eram duas da manhã e eu estava aqui acordada. Mas assustei com Drake parado na porta do meu quarto, ele me olhou chegar e isso me travou na hora tirando toda a alegria e euforia do meu ser. Parei na sua frente, o olhando confusa.

- Onde estava, Isabella? - questionou, calmo como sempre era sua fala.

- Na Mona, eu disse pra tia que íamos estudar pra prova - suspirei, bocejando.

- Porque tá com o cabelo molhado?

Devo ter ficado pálida, eu odiava mentir e demorei uns três segundos pra raciocinar uma resposta coerente e lógica, com toda a certeza a mais distante da verdade que era ter feito transado dentro de uma banheira. Ali e em quase todos cômodos da casa.

Quase Um Pecado - CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora