Isabella narrando.
Voltar a rotina depois do fim de semana foi uma tarefa bem difícil, estava bem queimada pela praia e vestir o uniforme da escola teve lá sua dificuldade, desvantagem em ser tão branca quanto algodão: você não fica bronzeada, fica parecendo uma pimenta.
– Bom dia – falei, chegando na mesa do café e encontrando meus dois primos sentados.
– Bom dia – só Drake respondeu, me olhando – alguém exagerou no banho de mar.
– É – sorri, olhando pra Roman que mexia no celular – não sai de dentro da água.
Roman me olhou só agora, dando um sorriso de canto que só eu vi, não evitei sorrir de volta. As vezes me perguntava como eles dois conseguiam ser tão formais numa hora dessas da manhã. Depois de ter feito o que fiz com meu primo, eu tentava evitar pensar a respeito. Mas bastou ver ele com aquele terno, eu só pensava em tirar cada parte dele. Como sempre, no caminho pra escola Roman parava o carro quadras antes, e dessa vez foi exatamente igual. Ele estacionou numa sombra de uma árvore imensa, e me olhou.
– Preparada pro primeiro dia na empresa? – questionou.
– Claro! Vou cuidar do que?
– De mim?! – brincou, me fazendo sorrir – alguns cálculos, coisa simples, controle de entrada e saída. Assim ficaremos mais perto de descobrir porque o Drake tá fazendo merda.
– Gostei mais da primeira opção do que fazer – fiz bico, tocando a gravata dele e o puxando pra mais perto – sabe, te ver vestido assim me deu algumas ideias.
Ele passou a língua pelos lábios e depois sorriu, aquele sorriso dele era tão convidativo.
– Quer matar aula hoje? – questionou, tocando meu rosto – a gente pode alugar um quarto de hotel e...
Suspirei com a ideia tentadora.
– Fica pra próxima, amor – pisquei pra ele, o dando um selinho rápido – até mais tarde.
Roman narrando.
Estava na minha sala esperando o horário da reunião com um dos cientistas que mostraria os avanços nas pesquisas. Estava impaciente aguardando, quando ouvi duas batidas na porta seguido da minha secretária.
– Bom dia Sr. Ramírez – ela disse, me olhando.
– Bom dia Karine – falei, voltando o olhar pro notebook.
Ela seguiu com uma pasta em mãos vindo até minha mesa, entregou a mesma e me olhou, enquanto desabotoava um botão da sua camisa social. Meu olhar travou ali, depois subiu pra boca dela, tão carnuda e sexy que parecia me chamar.
– Já terminou? – perguntei, ainda a encarando.
– Depende. Posso te dar muito mais – deu um sorriso, levando a mão na blusa afim de desabotoar o próximo botão – você quer?!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Quase Um Pecado - CONCLUÍDA
RomanceA paixão não escolhe por etnia ou religião, cor ou sexualidade, quando ela vem, em grande peso, ela sempre vence as barreiras criadas pelo ser humano através dos anos.