Roman narrando.
Esperava ansioso a descida da minha prima para o café da manhã, queria ver como ela iria agir depois de tudo que aconteceu ontem, aquele beijo, por mais ingênuo e rápido que foi me deixou intrigado, e o que ela viu depois, foi excitante demais.
Ela desceu as escadas com um vestido rose liso, a cabeça baixa, e evitou totalmente me olhar diretamente, deu bom dia a todos se juntando a mesa de café. Serviu um pouco de suco de laranja, e pude perceber suas bochechas levemente coradas. Mas ela nem erguia os olhos cor de safira em minha direção.
– Como foi a noite? – minha mãe quebrou o silêncio.
– Ótima – falei, animado.
– Se divertiu, Isabella?
– Fui dormir cedo, eram muitas pessoas que não conhecia – sorriu de canto – mas foram muito educados.
– Ele não trouxe nenhuma striper mãe, tive uma conversa séria com ele – Drake se intrometeu, como sempre.
Isabella me olhou de relance, e eu continuei encarando ela.
Isabella narrando.
Porque ele tinha que me olhar assim? Já não bastava a vergonha de ter beijado ele na noite anterior, ele ainda me encarava como se pudesse ler meus pensamentos, que só se resumiam no que vi na sala, uma garota o chupando de uma forma que nem nos pornôs eu havia visto. Era estranho, toda a situação, não sabia ordenar o que era mais horrível: o fato da minha boca ter encontrado a do meu primo propositadamente, ou ter assistido enquanto ele era...
– Quer vir a empresa conosco? – Drake me questionou.
– Ah, sim!! Claro – sorri, dispostamfo os pensamentos.
– Ai Roman te leva pra escolher os materiais, suas aulas começam segunda. Tá animada?
Tomei um pouco do suco, negando com a cabeça.
– É ruim ser a aluna nova – Mordi uma torrada.
– Segundo a Monalise tem muitos meninos bonitos na sua turma – minha tia disse, me animando um pouco.
Monalise era uma prima de terceiro grau da família, não a via a muitos anos, mas, pelo menos teria alguém pra encarar aquela escola nova. Alguém que já conhecia era melhor do que um oceano de adolescentes desconhecidos.
– Não ficaria muito atrás daquela vadiazinha – Roman disse, frio.
A torrada travou na garganta, e precisei de suco para a ajudar a descer. O olhei.
– Como é?
– Monalise Gaspar, já rodou aquele colégio inteiro. Não é companhia pra você.
E desde quando isso era da conta dele?
– Não julgo as pessoas pelo que fazem – informei, o vendo passar a língua nos lábios e sorrir.
– Bom saber – disse, antes de deixar a mesa.
Respirei fundo, engolindo em seco o último pedaço de torrada. Olhei pra Drake.
– Só ignora ele – me orientou – Ele adora tirar as pessoas do sério, é pelo probleminha.
– Ele realmente é um... – tentei lembrar a palavra, batendo o dedo no queixo – sociopata?
– Não – tia Denise disse, ganhando um olhar de Drake.
– Não é isso que o doutor Lincoln nos disse – rebateu, corrigindo a mãe que parecia não aceitar bem o laudo – ele é destrutivo, não pensa antes de falar ou agir, ele magoa e não se importa com o estrago que faz.

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Quase Um Pecado - CONCLUÍDA
Roman d'amourA paixão não escolhe por etnia ou religião, cor ou sexualidade, quando ela vem, em grande peso, ela sempre vence as barreiras criadas pelo ser humano através dos anos.