Isabella narrando.
Acabou que o Roman dormiu antes que eu, estávamos n metade do terceiro filme quando eu fui comentar sobre a primeira aparição de Sirius e percebi que ele dormia, só sorri, indo desligar a TV e apagar o abajur. Voltei ao meu lado da cama, me deitando virada para ele, que ironicamente se virou de frente pra mim, suspirando pesadamente. A iluminação era pouca ali dentro, mas me permitia ver perfeitamente seu semblante calmo e sereno, seu nariz que parecia ter sido desenhado sempre foi algo que me chamou atenção nele, desde pequenos, eu sempre gostei de observar como a pontinha do seu nariz era bonitinha e diferente. A cicatriz em sua bochecha também, que conseguiu graças a uma arte quando tinha só nove anos!
Quando dei conta já estava com a mão no deu rosto, acariciando lentamente aquela cicatriz. O encarava emerge aos pensamentos, o observava enquanto a minha mente trabalhava a todo vapor dentro da minha cabeça. Não conseguia parar de pensar em como ele me tem, como eu me importo e sou completamente apaixonada por essa criatura linda e perfeita que agora dorme tão profundamente na minha cama. Desci a mão até seu queixo, acariciando ali, com todo cuidado pra não o acordar, meu dedo indicador tocou seu lábio, o desejando por um instante.
- Se tudo fosse mais fácil - sussurrei, tão baixo que quase não saiu - Eu realmente te amo, seu idiota! Mas não posso te dizer isso, seu ego já é grande o suficiente.
E sorri por fim, porque sei que ele me daria uma resposta bem debochada pelo que eu disse. Mas nenhuma resposta que viesse dele seria o que eu gostaria de ouvir ele dizer... Me perguntava se embora ele não dissesse, se ele me amava, nem que como um primo ama uma prima, sei lá! Ele foi tão doce comigo hoje, o dia todo, que me pergunto se ele realmente é incapaz de sentir coisas assim ou se só sabe disfarçar e estragar tudo muito bem. Por fim, devo ter adormecido em algum momento enquanto o encarava. Porque só me lembro de acordar depois com o peso do seu braço sobre minha cintura, eu estava literalmente colada em seu corpo, e ele me abraçava, como se quisesse me manter o mais perto possível. Dei um meio sorriso, ainda atordoada demais com o sono para poder abrir os olhos.
Como eu amava o ver com aquela social preta, mas estávamos na cozinha, e minha tia havia acabado de deixar o lugar. Eu estava tão arrumada, só podia ser natal ou alguma data parecida, Roman abria uma garrafa de vinho a poucos metros de mim, e o ver fazer aquilo era bem mais interessante do que mexer no celular que era o que eu fazia antes.
- Quer?
Apenas concordei, o olhando me servir numa taça agora. Trouxe o vinho até mim, e esperou me encarando para me ver provar o mesmo. O encarei depois de fazer, chupando o meu lábio inferior apenas para tirar o excesso do líquido que ficou ali. Ele ainda me olhava, com os olhos transbordando em malícia e desejo.
- O que foi? - questionei, dando um meio sorriso.
- Saudades... - suspirou, tirando a taça da minha mão e colocando no balcão ao meu lado.
Me pegou pela cintura, me subindo no de balcão de mármore e adentrou os dedos entre meu cabelo, me tomando de uma única vez para ele. Eu não cedi, não conseguiria nem se quisesse, o desejo que ele sentia era mútuo. Minha mão direita foi direto até os botões da sua camisa, e como eu queria tirar todos eles, sua língua adentrava minha boca com urgência, com a mão livre ele apertava meus seios por cima da roupa de um jeito que só fazia me excitar ainda mais.
- Isabella? - acordei num susto, graças a ouvir o meu nome - Tá tudo bem?
Passei a mão pelo rosto, puxando a minha coberta pro rosto, e me virando de costas pra ele. Mas que ótima hora pra um sonho erótico com ele! Meu colo estava suado, me sentia estigada como se realmente tivesse sido real. Mas que droga! Roman tocou minha cintura, apertando a mesma levemente e beijando minha nuca.
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Quase Um Pecado - CONCLUÍDA
RomantizmA paixão não escolhe por etnia ou religião, cor ou sexualidade, quando ela vem, em grande peso, ela sempre vence as barreiras criadas pelo ser humano através dos anos.