Efeito do álcool

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Roman narrando.

A manhã estava nublada e mais fria do que de costume, as ruas de NY estavam cheias de neblina em plena 8h da manhã. Isabella nem havia me olhado diretamente desde que entramos no carro, ela apenas mexia no celular e me ignorava completamente.

Estacionei o carro debaixo de uma árvore qualquer e a encarei, ela continuou olhando pro celular e aquilo me irritou um pouco. Tirei o aparelho da sua mão, desligando o mesmo. Ela ergueu uma sobrancelha, me olhando séria.

– Que porra?! – exclamou.

– Gostou do que rolou ontem a noite?

– Antes ou depois de você agir como um imbecil? – forçou um sorriso, tomando seu celular da minha mão – tenho prova na minha primeira aula.


A segurei pelo braço antes dela abrir a porta do carro, a fazendo respirar fundo e me olhar. Ela estava brava, dava pra ver pela forma que me encarava. O maxilar contraído, a mandíbula travada. Só não entendia porque.

– No meu quarto... – molhei os lábios só de lembrar – foi tão excitante te sentir molhada pra mim...


– Foi um puta erro – falou, fria – viu como me tratou como “algo” pro Tom?

– Fala sério, te fiz gozar com o dedo e você se preocupa com aquele moleque? – sorri incrédulo – Ele te olhou com malícia e eu vi isso, o cortei, ele não vai pegar você.

– Sabe o quão machista isso soa? – questionou, realmente indignada com essa bobagem – não sou algo pra ele “pegar", sabe, essa brincadeira nossa tá começando a ficar chata.

– É? – questionei, a olhando nos olhos e ela desviou o olhar – você me quer tanto quanto eu quero você.

– A gente é da mesma família e você... Você só quer me comer – disse, corando e negando com a cabeça – É errado, é nojento e já deu.

– Tá, mas não achou nojento enquanto eu brincava com você ontem né? Não, Não achou, você gostou tanto, e eu podia te dar mais... Só que prefere assim, tá, eu não ligo.


Ela engoliu em seco, depois sorriu mas era de raiva mesmo, era notório sua insatisfação com o que eu disse.

– Claro que não liga, você é um filho da puta de merda – falou, abrindo a porta do carro.


Puxei ela pelo cabelo, a obrigando a me olhar fixamente. Ela estava assustada, talvez pela força que coloquei quando fiz. Mas ela me chamar daquilo me deu uma vontade dela, então a beijei, ela tentou me afastar com a mão no meu peito mas a forcei contra mim, logo sentindo sua língua entrar na minha boca. Ela não conseguiu lutar contra, logo estava me beijando com vontade. Sua boca pequena e macia parecia se encaixar na minha de todas as formas.

O sinal da escola a fez voltar em si e me empurrar pelo peito, a olhei tirar a mancha do seu batom borrado no canto do lábio e sorri, ela me encarou seria e respirou fundo, descendo do carro.

Isabella narrando.

Aquele desgraçado me tirava toda a certeza que eu tinha sobre parar com isso em um toque, eu havia me decidido essa noite, não ia rolar mais, não era certo nem saudável, era um erro horrível, como deixei ele me tocar noite passada? Mas bastou ele me puxar pelo cabelo daquela forma, com força, me unir a ele, minhas certezas sumiram como cinzas.

Quase Um Pecado - CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora