Praia part 1

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Roman narrando.

Isabella me ignorou o restante da semana inteira, ignorei ela por completo durante o fim de semana também, me mantive ocupado enquanto ela via algumas séries com o Tom que estava começando a levar suas coisas pro seu apartamento, os dois estavam bem próximos enquanto ela fingia não me conhecer.

Mas como de rotina, na segunda, eu teria que a levar a escola. Não disse nada no caminho até lá, apenas liguei o rádio do carro tocando algumas músicas do meu pen drive, Isabella só olhava pro maldito celular enquanto eu dirigia.

– Vai continuar me ignorando? – questionei.


– Eu não estou fazendo nada – falou, sem me olhar.


Encarei ela sério. Ela levou a mão pra abrir a porta, mas a impedi, segurando seu rosto com a mão, a obrigando me olhar enquanto apertava sua bochecha de leve. Odiava esses joguinhos, queria entender o porquê ela estava diferente dessa vez.

– Tá achando que eu sou um moleque? Igual esse que você tá louca pra dar?


– Roman cala a sua boca – falou alto, tirando minha mão do seu rosto – aprende uma coisa: o mundo não gira em torno de você.


Fechei o punho com força, piscando demoradamente, a olhei e ela me olhava de volta agora. Via o ódio nos seus olhos claros, assim como um pouco de medo também.

– Você jogou minhas flores fora e nem pediu desculpas!


Sério, era isso?


–  Vai a merda Isabella – falei, tentando não rir – Tá me evitando por isso? Por aquelas rosas?


– Eram minhas, não te dei o direito de jogar fora – Estava relutante com aquela bobagem.


– Faz questão? Eu compro um caminhão daquelas merdas e mando colocarem no seu quarto!


Ela negou com a cabeça, me olhando como se eu fosse uma causa perdida. Seu olhar era de raiva ao mesmo tempo que indignação, o que eu tinha dito de tão errado?

– Eu ganhei do menino que estou ficando, ele diferente de você é romântico e um amor comigo!


Afundei a mão no meu cabelo, eu não ia estourar com ela logo cedo. Prendi os dedos no topo da cabeça, puxando meu próprio couro cabeludo graças a raiva que ela me fazia sentir. Então ela queria alguém romântico, amoroso? Será que ela se lembra de com quem está falando? Mas ótimo, guardei suas palavras muito bem.

– Quer que eu seja romântico com você? – ri ironicamente – Você é minha prima, não minha namorada!


– Eu sei, e é por isso que chega tá?


– Do que?


– De se pegar no seu quarto escondido da sua mãe, de me enfiar dentro da biblioteca pra gente ficar, de fingir assistir filme comigo só pra me tocar!


– Você gosta disso tudo... – garanti com um sorriso nos lábios – tem mais vantagem do que eu.


– Que seja – deu de ombros – chega! Você tá confundindo as coisas, e a minha cabeça também!

Quase Um Pecado - CONCLUÍDA Onde histórias criam vida. Descubra agora