Roman narrando.
Me sentia nostálgico, uma sensação diferente e completamente nova para mim. Sempre que olhava pra Isabella toda feliz e realizada com os parabéns, ou os presentes, ligações, eu sempre a via como a alguns anos. Aquela menininha ruiva cheia de sardinhas e piadas prontas, ela havia mudado tanto. Há sete anos ela tinha apenas dez, e isso até me assustou quando parei para analisar. Acho que até hoje não tinha associado tão bem a idade dela, mas hoje, me fez pensar. Não que fosse tão distante meus 22 dos seus 17, mas, além de menor ela ainda era minha prima. E só durante uns instantes me senti um filho da puta.
– Drake, o Roman não quer devolver a minha barbie! – exclamou, com os braços cruzados e uma expressão quase que mortal.
Eu estava deitado no sofá da sala, jogando algum jogo de luta, tentei parecer desinteressado no assunto. Mas meu irmão era um pé no saco, por assim dizer, e parou entre mim e a TV. Me obrigando a me sentar, e a dar pause no jogo.
– Não peguei porra nenhuma Isabella! – falei, a olhando respirar fundo.
– Pegou! Você me disse que pegaria, que eu só fico brincando com elas!
Era toda a marra pra alguém tão pequeno, Isabella sempre foi muito fofa, até zangada era bonitinha. Mas seu olhar começou a me dar vontade de rir, e isso pareceu a deixar ainda mais brava.
– Eu quero a minha boneca até as 14h, ou vai se arrepender! – avisou, me fazendo serrar os olhos.
– Estou com tanto medo.
Isabella narrando.
Roman estava em transe olhando pro nada a uns instantes, e aquilo foi realmente assustador, já havia arrumado meus presentes e estava pronta pra irmos ao Tommy levar suas coisas e enfim conhecer sua casa nova. Passei a mão na frente do rosto do meu primo, que continuou sem piscar.
– Ei?! Tá aí? – brinquei, o vendo balançar a cabeça e sorrir – terra chamando.
– Estava me lembrando de uma coisa – disse, se levantando da poltrona – já está pronta?
Apenas concordei, o vendo ajeitar a roupa e olhar o relógio. Ele conseguia ser tão bonito , que eu até me impressionava as vezes. Mas não diria isso, não alimentaria ainda mais o seu ego infinito. Ele só conseguia ser mais bonito Ainda enquanto dirigia, sério, sexy demais as expressões dele enquanto dirigia.
– Tá me olhando estranho – falou, me fazendo rir e ficar vermelha ao mesmo tempo – o que foi?
– Nada! – falei, enquanto tentava disfarçar o sorriso – o que fez ontem quando me deixou na Mona?
Ele abriu a boca para dizer algo mas depois a fechou novamente, parecendo reformular a frase ou repensar. Uni as sobrancelhas, esperando a resposta que demorou um pouco a vir, já me deixando aflita.
– Passei na empresa pra garantir que meu escritório estaria vazio – comentou, parando o carro no semáforo e me olhando – tomei a liberdade de te colocar bem perto, como uma assistente pessoal sabe?
– Vou te servir cafezinho? – indaguei, o vendo esboçar um sorriso de canto.
– Eu prefiro um whisky e você sabe.
– Ótimo, Sr. Ramírez! Vai ser um prazer te servir.
Eu juro que vi o rubor subir em seu rosto, e não evitei ficar toda boba com isso, ele ficou sem graça? Mesmo? Ele?
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Quase Um Pecado - CONCLUÍDA
RomanceA paixão não escolhe por etnia ou religião, cor ou sexualidade, quando ela vem, em grande peso, ela sempre vence as barreiras criadas pelo ser humano através dos anos.