Capítulo 24

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Katherine Lancarte

Desperto-me abrindo os olhos e tentando se acostumar com a claridade que ardia as minhas retinas.

Depois que finalmente a minha visão se adapta a claridade, levanto-me soltando um gemido de dor.

Minhas partes íntimas estavam completamente assadas e conseguia sentir a ardência passar pelas mesmas.

Caminho até o banheiro devagar e olho no espelho me assustando com a minha aparência.

Meu pescoço estava cheio de marcas de mordidas, os seios estavam com marcas de chupões e minha boca estava machucada e inchada.

Lembras da noite passada invadem a minha mente como um flashback, deixando o meu corpo estático.

Recrimino-me mentalmente por ter sentido prazer, eu não deveria sentir nada! Como isso é possível? Ele matou a minha mãe!!

Saio do estupor e ergo a minha cabeça, caminhando até o chuveiro.

Entro no mesmo tirando as minhas roupas e sinto o jato potente jorrar água por todo o meu corpo.

Respiro aliviada e começo a passar sabão esfregando cada parte em que suas mãos me tocaram.

Seu cheiro impregnava o meu corpo e desesperada começo a me esfregar com força, sentindo a ardência até aparecer uma coloração avermelhada.

Saio do banho me secando e enrolo-me na toalha, saindo do banheiro e caminhando até o quarto rumo ao closet.

Não queria usar nada comprado por ele, mas infelizmente não tenho opção, é isso ou ficar nua.

O closet era dividido, a parte esquerda era do Touro e a parte direta é minha. Abro a mesma revelando várias blusas, bermudas, vestidos, calças e lingeries.

Separo uma lingerie preta e visto-me usando blusa e bermuda curta.

Aquela peça de roupa marcava as minhas curvas e a blusa fazia os meus seios ficarem maiores.

Solto um suspiro e começo a pentear os meus cabelos, os deixando soltos, volumosos e cacheados.

Eu tinha que fazer o possível pra seduzi-lo, fazer com que confie em mim.

Como vou fazer isso? Aquele homem não confia nem na sua própria sombra!

Caminho até a porta da saída do quarto e desço as escadas lentamente e deparo-me com a empregada que estava com uma bandeja, levando um copo de café.

A empregada arregala os olhos assustada e quando percebe que era eu parece se acalmar.

— Senhora Katherine, fico feliz de vê-la bem e saber que estava viva.

— Sim, infelizmente eu levei um tiro de raspão, mas estou bem.

Dou um sorriso gentil, olhando pra bandeja em suas mãos.

Percebi que a Teresa estava diferente, sempre me tratou com tanto amor e carinho e agora estava distante e indiferente.

Será que o Touro fez alguma coisa com ela??

Seguro as suas mãos e sinto o seu corpo ficar tenso e rígido olhando assustada pras minhas mãos nas suas.

— O que foi que eu te disse Teresa?

Ela enruga a testa confusa, tentando entender o que estou dizendo.

— Eu não entendi senhora...

— Por favor! Não me chame mais de senhora! Eu não tenho amigos, família e pra ser sincera eu só tenho você. Adoraria que parássemos com a formalidade.

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