Capítulo 17

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Andrei Mukhailova

Porra! Mil vezes porra!

O que diabos estava acontecendo comigo?

Nunca em toda a minha vida hesitei em matar alguém, nem mesmo a minha própria mãe.

Aquela garota me desafia! Desperta o meu lado mais insano.

Quando senti as suas mãos se chocarem com o meu rosto senti um ódio descomunal e jurei a mim mesmo que ela iria pagar por isso.

No momento que ela viu a mãe falecendo em seus braços e chorava de soluçar,senti uma satisfação muito grande em vê-la naquele estado.

Imaginei que depois do que aconteceu a menina não me desafiaria mais, no entanto estava enganado.

Vi as suas órbitas castanhas cheias de dor, porém ela tentava ao máximo não demonstrar a sua fragilidade.

Seus olhos frios me imploravam pela morte.

Muito bem! Se ela deseja a morte então assim será! Não hesitarei em a matar.

Porém, quando estava com a arma apontado pra ela, começo a sentir as minhas mãos tremendo e meu corpo fica paralisado. O que estava acontecendo comigo?

Tentava tocar naquele maldito gatilho porém meus dedos não conseguiam ir até lá e tentando provar a mim mesmo aperto o gatilho.

Quando foco a minha visão, percebo que o tiro pegou na parede ao lado dela.

Maldição! Eu nunca errei na mira!

Sentindo um ódio descomunal falo pra garota sair da minha vista e assim que a mesma sai desesperada do porão, olho para a mesa atentamente.

Começo a derrubar a mesa, caindo copos, objetos de tortura fazendo um enorme eco soar no ambiente.

Minhas veias saltavam e podia sentir o meu rosto quente tamanho era o meu ódio.

O que me deixa mais furioso ainda é perceber que essa maldita obsessão que sinto pelo seu corpo não passa! Pensei que assim que me afundasse nela me sentiria saciado e a mataria friamente.

Ela era como uma cocaína pros meus demônios!

Respiro pesadamente com o corpo tomado pela fúria.

Precisava matar! O sangue acalmava os meus demônios! E nesse momento eles pediam por sangue.

- KHALIL! - Grito chamando o meu soldado de confiança.

De todos os soldados Khalil era o mais leal a mim e que muitas vezes salvou a minha vida quando teve atentados.

Acendo um cigarro e começo a fumar tragando a nicotina e soltando a fumaça sentindo o meu corpo ficar anestesiado.

Escuto barulhos de passos e miro a minha visão atentamente no soldado a minha frente.

- Me chamou senhor? - Khalil fala em um tom sério.

Eu não confiava em ninguém mas tinha que confessar que Khalil era digno de minha confiança.

- Sim, eu preciso de adrenalina, já sabe o que fazer! Quero torturar alguém pra hoje.

Khalil arregala os olhos assustado mas logo volta com o seu semblante frio.

- Tem um soldado que não entregou os armamentos senhor!

Sinto uma corrente elétrica de ódio passar por todo o meu corpo e trinco os dentes furioso.

Avanço na direção do soldado e seguro a gola da sua blusa o fazendo arregalar os olhos.

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