Capítulo 32

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Continuação...

Katherine Lancarte.

Sabe quando uma cena passa na sua mente várias e várias vezes sem que tenha o controle de parar?

Quando vi o Touro sendo atingido na cabeça e desmaiando, parecia que tudo foi em câmera lenta.

Eu deveria estar feliz, mas só consigo sentir uma profunda tristeza dentro do meu coração.

Será que ele vai morrer?

Apesar de tudo o que aconteceu não consigo odiá-lo...sei que deveria mas não consigo!

Fico horrorizada quando vejo vários homens levando o Touro pra algum lugar que eu não fazia idéia.

Um dos homens do Luke me guia até o carro e penso duas vezes se deveria entrar no mesmo...

Afinal, eu não tinha escolha...era entrar no veículo ou ficar no meio de todos esses mafiosos cruéis.

Respiro tensa e entro no veículo, sentindo o mesmo começar a se locomover.

Fico quieta por alguns minutos apenas pensando e apreciando a paisagem pela janela do veículo.

Depois, começo a estranhar ao perceber que o caminho estava bem diferente,não estávamos voltando pra mansão e sim indo para um local desconhecido.

O pânico começa a me atingir e olho para todos os lados nervosa e sentindo as minhas mãos suarem.

— Moço...pra onde estamos indo?

O homem que estava dirigindo, não fala absolutamente nada e continua atento na direção.

— Eu quero descer!

Falo aflita, porém aquilo só o incentivou a continuar dirigindo.

Quando eu ia começar a gritar, começo a ouvir barulhos estridentes de tiroteio.

Coloco as mãos no ouvido e começo a gritar que nem louca, abaixando todo o meu corpo no banco de couro do veículo.

Estava toda encolhida e morrendo de medo, meu corpo todo tremia e parecia que cada vez mais estava se aproximando.

Acho que eu nunca vou me acostumar com isso...

Meu coração batia freneticamente e parecia que o mesmo ia sair do meu peito.

Olho pelo canto de olho e vejo vários homens cercando o veículo apontando na direção do motorista.

— Saia agora!

Um dos homens aponta a arma pro motorista e vejo o mesmo arregalando os olhos assustado e levantando as suas mãos em rendição, saindo do carro.

Fico aliviada em reconhecer um dos homens que estava no meio deles.

Era o Khalil, que também apontava a arma na direção do motorista.

O homem estava cercado! Não tinha qualquer chances de conseguir fugir.

De repente, escuto um barulho de arrombamento e solto um gritinho ao ver um dos homens do Touro ali.

— Calma, você vai ficar bem...

Saio do carro aliviada e olho horrorizada pra cena que via a minha frente.

O motorista estava ajoelhado e todos os homens batiam nele, fazendo-o sangrar. Chutavam a sua costela, barriga, sem piedade, o homem berrava sentindo muita dor.

Quando Khalil finalmente me viu ali saindo do carro, ele caminhou até a minha direção.

Suas roupas estavam sujas de sangue mas percebi que o sangue não era dele.

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