Capítulo 7

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Katherine Lancarte

Assim que o Touro retira-se do porão, deixando-me fraca e ferida, fecho os meus olhos e apago completamente. Começo a ter pesadelos daquele homem me torturando e tocando. Logo, vem as imagens das suas vítimas na minha cabeça e começo a tremer assustada. Todo o meu corpo estava tenso e me sentia presa em meu próprio pesadelo. Não conseguia acordar.

- Porra! Acorda garota! - Escuto uma voz distante, mas não consigo distinguir o som.

De repente, sinto uma água gelada em cima de mim e todo o meu corpo estremece. De novo não! Ele vai me torturar de novo!

Abro os meus olhos e percebo que eu estava tendo um pesadelo. O Touro estava do meu lado, com o balde vazio. Meu corpo estava todo molhado.

Olho para o meu ferimento nas pernas e percebo que estava infeccionado. Sentia a minha testa suando e meu corpo tremendo demais.

Olho para o meu ferimento e começo a me debater. A dor intensa fazia todo o meu corpo arder intensamente. O que estava acontecendo comigo? Eu vou morrer?

Vejo seus olhos escuros mirarem no meu ferimento e o vejo fazendo uma careta ao ver a infecção na minha perna. Já estava ficando escuro.

- A infecção está se espalhando pelo seu corpo, logo você vai morrer! - Ele fala friamente olhando pro meu ferimento.

- Acaba com esse sofrimento logo por favor!

Seus olhos penetram nos meus fixamente e depois de um tempo ele saí do porão. Apenas escuto o estrondo.

Em alguns minutos vejo vários homens armados olhando pra mim e de repente, todos eles miram a sua arma na minha direção,prestes a apertar o gatilho.

Fecho os meus olhos e suspiro pesadamente. Agora é o meu fim! Vou morrer e encontrar o meu pai!

Andrei Mukhailova

Quando tomo a decisão que a garota seria executada, caminho até o porão e o abro vendo a mesma ferida, parecendo estar em um terrível pesadelo. Seu corpo se debatia e parece estar ardendo em febre.

Em breve não sofrerá mais desse jeito, pois será eliminada da face da terra.

Aproximo-me e sem paciência começo a cutucar a garota. Quando não vejo nenhuma reação da sua parte, pego um balde e jogo toda a água em cima dela.

Finalmente, ela começa a abrir os seus olhos castanhos completamente fraca. Olho para o seu ferimento e percebo que estava muito infeccionado. Ótimo! Desse jeito ela morrerá mais rápido.

- Acabe logo com esse sofrimento por favor!

Miro o meu olhar no seu e vejo seus olhos suplicantes. Não sinto nada, apenas uma satisfação em vê-la nesse estado.

Saio do porão batendo a porta bruscamente e chamo os meus homens que aproximam-se com as armas em punho.

- Podem eliminar! - Ordeno friamente e todos eles acenam positivamente.

Caminho no corredor indo até o meu escritório, abro a porta do mesmo e sento-me na poltrona acolchoada. Olho para o monitor vendo os meus homens apontarem a arma pra ela e um deles estava com a mão no gatilho. No mesmo instante, começo a sentir um tremendo incômodo dentro do meu peito. É como se fosse agulhas pinicando lá dentro.

Fecho os meus olhos e respiro profundamente. Não se atreva a voltar atrás da sua palavra Touro. Isso é o certo a se fazer. Não entendia porque daquele incômodo, nunca hesitei em matar ninguém. Nem mesmo minha própria mãe.

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