Capítulo 14

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Andrei Mukhailova (Touro)

Depois de a ter marcado, vejo a mesma ficando inconsciente desmaiando sobre a mesa.

Olho friamente pro corpo dela e desvio para os meus homens, falando em um tom autoritário.

Coloquem ela na cama!

Meus homens fazem sinal positivo com a cabeça e saem levando o corpo da garota como havia ordenado.

Pego um lenço no meu bolso que sempre fazia questão de deixar alguns guardados. Começo a limpar o mesmo vendo o sangue do maldito manchado no lenço.

Respiro pesadamente e caminho saindo do porão e indo até o meu escritório.

Sento-me na poltrona de couro e acomodo-me no mesmo.

Penso em tudo o que aconteceu. Obviamente já sabia que a garota iria tentar fugir, mas não esperava que ela ousaria me desobedecer.

E o que mais me deixou surpreso foi o fato de um dos meus homens resolver ajudá-la.

Será que é tão difícil acatar uma ordem minha?

Quando mirei meu olhar naquele maldito e vi seu braço segurando o pulso da menina, senti um ódio descomunal.

A minha vontade era quebrar o seu braço inteiro, toda célula do meu corpo fervia de ódio quando a vi sorrindo pra ele.

Essa garota não significa nada pra mim, ela é apenas um objeto que uso e descarto quando tiver vontade.
Porém, ninguém toca no que é meu e saí ileso.

Fiz questão que ela visse do que sou capaz. Seus gritos e súplicas não me comoviam, pelo contrário sentia cada vez mais satisfação em vê-la nesse estado.

Quando a possuí pela primeira vez confesso que jamais pensaria que ficaria obcecado por ela.

Porra! A garota é muito gostosa! Nunca senti tamanho prazer o quanto sinto com ela.

Me viciei no seu corpo.

seu cheiro doce.

Porém, não posso deixar isso me controlar. Apenas eu estou no controle e ninguém mais.

Não importava o que eu fazia com ela, a menina ainda tinha aquele maldito brilho no olhar. O brilho da esperança.

Tudo naquela garota lembrava a vadia que me abandonou e isso fazia-me sentir cada vez mais ódio.

Preciso apagar esse brilho. Corrompe-lá por completo. Mostrar a ela que está presa a mim e não tem saída.

Preciso arrancar as suas esperanças.

Só vou me sentir satisfeito, quando vê-la destruída tanto fisicamente quanto emocionalmente.

Saio dos meus pensamentos quando escuto um barulho de porta e desvio o meu olhar até o mesmo.

Miro meu olhar na porta e vejo a empregada entrando receosa.

Suas feições estavam tristes.

Suspiro pesadamente. Com certeza, ela viu o estado da menina.

A empregada pegou um grande carinho pela garota, talvez porque lembrasse a sua filha morta.

— Se..senhor! Posso entrar? – Ela pergunta receosa

Apenas faço um aceno positivamente e vejo ela caminhar até mim temerosa. Cada músculo do seu corpo tremia.

O que você quer? – Pergunto rudemente.

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