Capítulo 38

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Continuação...

Katherine Lancarte

Olho atentamente para aquele homem pensando seriamente se ele era realmente humano... Por que não é possível! Como um pai não quer alimentar a própria filha?

Escuto o seu choro e sinto uma tremenda dor no peito, meu coração estava estraçalhado.

Eu precisava fazer alguma coisa, fazê-lo mudar de idéia e na mesma hora penso em pedir ajuda pra Teresa.

Aproveito que ele estava no banho e apresso os meus passos indo até a cozinha.

— Teresa!

A mulher arregala os olhos e abre os seus lábios em um sorriso gentil.

— Sim senhora Katherine!

— Apenas Katherine, já nos conhecemos o suficiente pra termos intimidade. Eu preciso da sua ajuda.

— Pois não, em que posso ajudar?

— Você pode distrair o Touro?

A mulher na mesma hora fica pálida e começa a tremer igual vara verde.

— E..eu?

— Sim, por favor! Eu preciso alimentar a minha filha. Ele não se importa com ela...

Falo em um tom triste e sinto suas mãos tocando as minhas.

— Não se preocupe menina, tenho certeza que com o tempo ele vai aceitar.

— Espero que sim...

A mulher dá um suspiro trêmula mas olha atentamente pra mim.

— Pode contar comigo, vou fazer o possível pra distraí-lo!

— Obrigada!

— Ah preciso te entregar isso...

Vejo ela estendendo a carta e pego rapidamente, guardando no meu bolso.

A mulher se afasta e imediatamente, caminho,indo até o quarto para ver o berço dos meus bebês.

Aproximo-me e pego a Ayla no colo, afastando a minha blusa, coloco a boca dela nos meus seios e ela toma tudo faminta.

Suspiro aliviada por estar alimentando a minha filha, seus lábios pequenos não paravam um segundo de puxar o leite.

Quando finalmente a menina para de mamar, dou um beijo casto na sua testa e coloco ela no bercinho.

— O que foi que eu disse porra?

Dou um pulo levando um susto ao ver o Andrei parado na porta, olhando seriamente pra mim, me fuzilando com os seus olhos negros.

— Não alimentar a menina...

— E o que você fez?

Mordi os meus lábios frustada e ergui a minha cabeça, olhando seriamente pra ele.

— Eu vou continuar alimentando, é a nossa filha! Assim como o Liam é nosso filho!

— Eu não quero saber! Se mandei não alimentar, então obedeça as minhas ordens!

— Eu prefiro morrer...

Falo baixinho com os olhos caídos e vejo seu semblante de surpresa olhando pra mim.

— Eu não posso mais aguentar isso, uma mãe não consegue ver o próprio pai olhando pra filha com desprezo!

Com a minha mão, apalpo os bolsos da calça e tiro a carta estendendo na sua direção.

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