Capítulo 13

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Katherine Lancarte

Abro os meus olhos que sem perceber acabei pegando no sono profundamente. Encontrava-me fraca e com dores pelo corpo todo.

Em nenhum momento saí desse quarto, tinha medo da sua reação. Mas não posso mais ficar sofrendo desse jeito. Tenho que arrumar alguma forma de fugir, mesmo sabendo que as consequências podem ser drásticas, preciso tentar.

Já faz alguns minutos que não o vejo aparecer no quarto e isso me deixa aliviada. Eu não vou esperar esse homem aparecer novamente e me possuir de novo. Me sentia um objeto descartável. Estava sentindo nojo do meu próprio corpo.

Levanto-me lentamente e aos poucos consigo firmar os meus pés no chão.

Suspiro pesadamente e caminho até a porta.

Encosto o ouvido pela mesma tentando ouvir alguma coisa mas estava tudo silêncioso.

Engulo em seco segurando a maçaneta e rodando a mesma lentamente. Estava com medo de fazer qualquer ruído que chamasse a sua atenção.

Quando percebo que a porta encontrava-se aberta, arregalo os olhos confusa.

Isso é muito estranho...ele nunca deixa a porta aberta. Talvez tenha esquecido o que facilita a minha fuga.

Saio dos meus pensamentos e rodo a maçaneta abrindo a porta. Meu coração batia que nem tambor e sinto um nó se formar na minha garganta.

Deus...me ajude! Que eu consiga fugir por favor!

Caminho pelo corredor e olho para os lados apreensiva. Nenhum barulho. Apenas conseguia ouvir o som da minha respiração ritmada.

Caminho lentamente e parece que cada passo era uma grande tortura. Minhas mãos suavam e meus lábios tremiam de pavor.

Ouço um barulho e rapidamente meu corpo entra em estado de alerta.

De repente, vejo um homem armado que parecia estar vigiando o local. Parecia um dos seus homens.

Arregalo os olhos olhando para o homem desesperada. Se esse homem contasse para o chefe seria o meu fim.

Quando vejo o homem segurar o rádio no seu bolso, arregalo os olhos desesperada e faço sinal negativo pra ele.

— Por favor não faça isso! Me ajude...eu preciso ir embora.

O homem arregala os olhos assustado e parece suspirar pesadamente.

— Não posso fazer isso, é a minha cabeça que está em jogo. Não deveria nem estar falando com você.

— Por favor, te imploro! Eu não aguento mais sofrer nas mãos desse homem. Você precisa me ajudar.

Vejo o homem me olhar com pena e olhar pra mim atentamente. Seus olhos olhavam por cada hematoma do meu corpo e pros meus lábios que estavam inchados.

— Tudo bem...mas precisamos ser rápidos! Se o chefe descobrir não quero nem pensar o que ele seria capaz de fazer.

Suspiro aliviada e olho pra ele agradecida.

— Obrigada!

Vejo o homem acenar com a cabeça e o sigo até a saída.

Aquela mansão era enorme, podendo qualquer um se perder facilmente por ali.

Escuto um barulho e rapidamente o homem me joga na parede tentando nos esconder.

Arregalo os olhos ao ver vários homens armados cercando cada passagem.  Meu Deus...parece que ele descobriu que não estou mais no quarto.

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