Capítulo 16

17.4K 1.2K 260
                                    

Katherine Lancarte

Assim que desfiro um tapa forte na sua cara, arrependo-me amargamente de tal ato. Tudo o que consegui fazer foi deixá-lo mais irritado ainda.

As veias do seu pescoço saltavam tamanho era o seu ódio, seus olhos estavam vermelhos e pareciam brasa querendo fulminar-me da terra.

Antes que eu conseguisse dizer algo, sinto a sua mão grossa segurar o meu braço bruscamente e sair me arrastando do quarto.

Seu aperto estava me machucando, fazendo-me soltar gemidos de dor.

Meu coração estava desesperado por não saber o que me esperava naquele momento.

Apenas conseguia sentir o meu coração acelerado e ouvir as nossas respirações ofegantes.

O Touro me arrastava segurando o meu pulso, não conseguia acompanhar os seus passos e a cada passo eu me desequilibrava.

Quando percebo que estávamos indo pro porão o desespero apoderou-se de todo o meu ser. Não tinha boas lembranças daquele lugar...aliás nenhuma parte daquela mansão me traz segurança.

Assim que entramos, vejo seus homens armados e apenas esperando a sua ordem. Nenhum deles ousava sequer olhar pra mim.

Olhava para cada canto confusa e não sabendo o que esperar, afinal não havia sangue em nenhuma parte.

No entanto, conseguia ver instrumentos de torturas o que me fez arregalar os olhos e sentir o meu corpo estremecer de pavor.

- Por..por quê me trouxe aqui? - Pergunto com a voz trêmula.

Vejo seus olhos negros mirarem na minha direção e contemplo um esboço de um sorriso malicioso.

- Pra que veja o que acontece com quem ousa me desafiar!

- E..eu não entendo!

- Pois logo você entenderá meu bem!

Vejo a sua expressão indecifrável, no entanto conseguia ver um resquício de satisfação em seu olhar.

Escuto a sua voz potente ecoar no ambiente em um tom completamente debochado.

- Que comecem o show! Podem trazer o primeiro prisioneiro!

Olho vidrada pra porta e quando vejo uma silhueta masculina, percebo exatamente quem é.

Fecho os meus olhos indignada e assustada ao mesmo tempo.

Era o menino que eu tinha conhecido no shopping, lembro-me que seu nome era Christian e se ele não tivesse me dado aquele papel nada disso teria acontecido.

Precisava fazer alguma coisa! Ele não pode matar o menino sendo inocente.

Vejo os seus homens segurarem o Christian que estava desesperado tentando se debater. O menino que tinha uma aparência atrativa, agora estava completamente diferente.

Seu rosto estava inchado, seus olhos vermelhos e seus lábios cortados, tenho certeza que apanhou bastante, fazendo-me sentir um aperto no meu coração.

Quando vejo O Touro se aproximando até a mesa que continha objetos de tortura, não aguento e começo a interceder por ele.

- Não faça isso...ele não tem culpa dos meus atos! Se alguém merece ser punida esse alguém sou eu! Mas deixe ele em paz...

O Touro escuta as minhas palavras e aproximasse de mim, porém tento me esquivar em completo choque vendo a sua proximidade. Consigo sentir a sua respiração bater no meu rosto, deixando-me mais angustiada ainda. Fecho os meus olhos não querendo olhar aquelas órbitas negras, mostrando o demônio que ele é.

O Touro Onde histórias criam vida. Descubra agora