Capítulo 8

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Katherine Lancarte

Acordo com o meu corpo pesado e tento focar a minha visão tentando me acostumar com a claridade.

Assim que consigo me acostumar as lembranças invadem a minha mente. Eu pensei que já estaria morta. Depois que vi aqueles brutamontes apontando as armas pra mim, imaginei que seria o meu fim. Porém, assim que abro os meus olhos não vejo mais ninguém. Encontrava-me confusa e amedrontada. O que será que aconteceu? Eu não deveria estar morta? Será que morri e fui pro inferno?

Porém logo escuto barulhos de passos que fizeram o meu corpo estremecer de pavor. Seus passos eram firmes e precisos.

- Parece que a sua estadia terminou! - Escuto a sua voz ecoar potente e irônica.

Não respondo nada, tenho medo de falar algo e o irritar mais ainda. Não entendi porque ele não me matou mas não o quero dar motivos pra isso.

Não satisfeito com o meu silêncio, sinto sua mão bater no meu rosto fazendo a minha boca sangrar.

- Responde porra! - Ele esbraveja furioso.

- O..o que você vai fazer? - Pergunto fraca com a boca sangrando. Passo a língua nos mesmos e sinto um corte.

- Irei torná-la minha e vou adorar desfrutar do seu corpinho! - Ele sussurra friamente no meu ouvido fazendo o mesmo estremecer. Meu Deus...isso não! Prefiro a morte!

- E se prepare, pois não irei pegar leve com você!

Suas palavras me deixam amedrontada, mas só consigo pensar no garoto que não tem culpa de nada.

- O que vai fazer com o garoto? - Pergunto fraca olhando para aqueles olhos frios e sem alma.

- Em breve você saberá, agora durma!

De repente, sinto suas mãos pressionando o meu pescoço com uma força descomunal. Tentava me debater mas sem sucesso. A força que aplicava no meu pescoço era muito intensa.

Depois de alguns minutos tentando lutar, sinto uma vertigem que faz o meu corpo amolecer e entregar-me a escuridão.

(...)

Quando finalmente desperto-me sinto a minha visão embaçada, não conseguia enxergar direito. Minha boca encontrava-se seca e dolorida pelo tapa. Sinto mãos desatando o nó do meu pulso e das minhas pernas. Meu corpo estava mole, então foi fácil ele me carregar até a saída do porão. Conseguia ver apenas algumas coisas que não estavam muito claras. Apenas sinto o meu corpo ser carregado e mãos firmes segurando o mesmo. Depois, sinto que estou em um colchão macio e algo gelado nós meus pulsos e pernas. Minha visão escurece novamente e apago completamente apenas sentindo o seu cheiro masculino.

(...)

Acordo novamente e aperto os meus olhos tentando me acostumar com a claridade. Olho para os lados e estranho. Onde eu estou? Que lugar é esse?

Consigo apenas sentir o seu cheiro inconfundível que impregnava nas minhas narinas. Assim que encontro forças tento levantar-me porém sou impossibilitada por algemas que me prendiam. Rapidamente o desespero me domina e tento puxar cada vez mais forte.

Eu estava apenas de calcinha e sutiã, completamente presa a mercê desse monstro.

- Socorro! - Grito apavorada tentando tirar as algemas. Preciso sair desse lugar a qualquer custo. Não posso permitir que ele me toque.

Escuto passos e rapidamente me desespero e entro em sinal de alerta.

- Menina para de gritar, o chefe vai ficar furioso.

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