Abelha-Rainha 🐝

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Como diria Alex Turner, vocalista do Arctic Monkeys, quantos segredos você consegue guardar?

Quantas informações sigilosas podem habitar dentro da sua mente, sem que te destrua de uma maneira impetuosamente irreversível?

Eu sou lar dos segredos mais obscuros da Juliet e me pergunto até quando serei capaz de guarda-los, uma vez que toda a culpa da sua condição psicológica recai sobre mim.

Tudo começou aos seus nove anos de idade e se perdurou até os quatorze, quando meus pais e os meus tios concordaram que seria melhor que ela saísse daqui.

Após um ano em depressão profunda na sua infância, ela mudou de escola e tudo virou de cabeça para baixo. Durante cinco anos, eu fui a caixa de Pandora da Juliet, que guardou suas escapadas noturnas para a casa de suas novas amigas, que eram quatro anos mais velhas que ela e a induzia a fazer muita merda.

Quando meus pais suspeitaram de drogas e fizeram uma varredura no quarto da Juliet, eu peguei o pequeno embrulho de maconha e desfiz seu conteúdo na privada. Quando não, escondi no meu quarto, fui pego e saí como adolescente inconsequente.

Quando fez sexo sem proteção, eu comprei sua pílula do dia seguinte.

Quando suspeitou de gravidez, eu comprei os testes, porque o filho da puta que transou com ela a deixou na mão. Ao ver que todos deram negativo, tive o maior prazer de estourar a cara do arrombado de merda.

Ele foi o primeiro, mas não foi o último da vida da minha irmã. Me tornei agressivo pra porra por conta do seu dedo podre, porque não aguentava ver esses merdas a desprezarem depois de terem conseguido o que queriam.

Quando chegava em casa na ponta do pé, chapada pra caralho, eu que cuidava dela até que ficasse sóbria.

Em segredo.

Se eu sou o irmão mais velho, por que não contei nada disso aos meus pais? Pelo simples fato de achar que todas essas coisas esquivaria a mente da Juliet da automutilação e depressão. Eu estava disposto a fazer tudo para que ela não voltasse ao abismo que ficou durante um ano.