Abelha-Rainha 🐝

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Acordei antes do Justin. Propositalmente.

Confesso que vê-lo desacordado, me abraçando como se quisesse me proteger de todo o mal que há na terra, foi acolhedor. A luz do meu abajur mantinha-se acesa, então vi com clareza o seu rosto angelical desacordado. Seu peito movia-se conforme o ar entrava e saía dos seus pulmões.

Ele já estava sem camisa quando deitou comigo ou tirou durante a noite? Juro que não lembro.

Contudo, a ideia de ter uma conversa matinal com ele era terrível o suficiente para me fazer sair dos seus braços de maneira estrategicamente lenta. Enquanto deixava a cama, uma culpa enorme se materializou no meu peito por atrapalhar sua noite.

O que ele tem a ver com a minha mãe morta que me assombra nos meus sonhos? Nada.

Fiz uma higiene básica, troquei de roupa e saí no quarto sorrateiramente. Ainda restavam três horas para o debate.

Quando o Justin desceu para o café da manhã, ele me olhou com expectativa. Contudo, voltei a evitá-lo.

Era errado eu ter usado ele apenas para conseguir dormir? Sim! Mas em meio a tantos erros que já cometi, o que era mais um?

Quando, finalmente, foi a hora da competição, fiquei mais ansiosa que o de costume. Minhas mãos e o meu corpo em geral suaram bem mais do que o normal para uma competição básica.

Creio que isso se deu por conta do meu pesadelo da noite passada. Preciso lembrar de trazer sonífero para esses eventos. Nunca se sabe quando alguma coisa vai despertar gatilho. Além disso, não posso contar que as pessoas durmam comigo para ter uma boa noite de sono.