+18 [Contém Hot] | Concluída.
Maya Davis é a garota mais popular da escola, mas por trás da fachada perfeita esconde feridas profundas, causadas por sua mãe abusiva. Com a morte dela, Maya tenta reconstruir sua vida, enquanto um misterioso persegui...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu sabia que isso ia acontecer.
Era só uma questão de tempo até que eu e a Maya colidíssemos como dois eventos cósmicos, inevitáveis e catastróficos. Não queria, mas sabia que, em algum momento, tudo desmoronaria.
Eu me descontrolei. Ela se descontrolou. Nós nos descontrolamos.
Pra caralho.
Juliet é um assunto extremamente delicado na minha família. Meu pai sempre acreditou que eu poderia ter evitado todas as merdas que aconteceram com ela, como se eu tivesse o poder de salvar o mundo.
Juliet tem tendência depressiva desde muito nova. Ela sempre teve uma necessidade de chamar a atenção dos meus pais, que nunca pareciam ver o que estava bem na frente deles. E então quando o furacão Maya surgiu e intensificou tudo, a bomba explodiu na minha cara. Mas não é disso que se trata agora.
Eu machuquei a Maya. Isso é fato.
E, claro, ela fez questão de me machucar de volta com uma precisão cirúrgica invejável. Cada palavra foi calculada para me ferir com intensidade e me fazer duvidar até do meu próprio nome.
Após deixá-la em seu apartamento, sai com um destino único. Um único nome martelava na minha mente:
Adam.
Mandei uma mensagem pedindo seu endereço e, minutos depois, estava na portaria do prédio. Antes mesmo de estacionar, vi ele em pé, esperando. Assim que reconheceu meu carro, entrou no passageiro sem cerimônia.
— Tem alguém morto aqui dentro? — Perguntou. Suas mãos foram rápidas na regulagem do ar-condicionado, como se fosse dono do carro.
— A Maya...
— Prefere frio a calor. Sim, eu sei.
Eu dei uma pausa e tentei entender a melhor forma de começar.
— Olha, eu não sei muito bem aonde ir. Eu só... preciso conversar com você. — Confessei.
— Sem problemas. Segunda à direita tem uma lanchonete com um estacionamento vazio. — Ele sugeriu. Digitava algo no celular como se nada tivesse acontecendo.
Fiz o percurso indicado e estacionei em uma vaga bem iluminada, sem carros ao redor. O silêncio entre nós era sufocante, até que eu o quebrei de vez com a pergunta que vale um milhão de dólares:
— Que porra acontece entre você e a Maya? — Perguntei sem rodeios. Ele sorriu e mexeu no seu cabelo como se esperasse por esse inquérito há muito tempo.
— Confesso que achei que você viria falar comigo antes. Somos amigos, né? — Ele fez uma expressão de falso pesar — E vocês já estão nisso há meses... Agora eu faço até parte de um trisal. — Ele riu e regulou o banco para trás. Folgado pra caralho esse Adam — Eu não deveria te contar, mas se a May confia em você, eu também confio. — Seus olhos encontraram os meus, e a ansiedade se formou como um nó no meu peito. — Eu e a May temos um namoro de fachada. Ela era assediada pelo time de futebol e eu precisava entender minha sexualidade. Unimos o útil ao agradável.
