8

320 66 120
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu observava cada pequeno canto do consultório do meu novo terapeuta, cujo o nome é Henry e não aparenta ter mais de vinte e cinco anos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Eu observava cada pequeno canto do consultório do meu novo terapeuta, cujo o nome é Henry e não aparenta ter mais de vinte e cinco anos.

Não deveria ter uma idade mínima para ser terapeuta?

O ponto é que ele é muito bonito para essa profissão. Poderia facilmente ser um modelo da Calvin Klein. Pelo visto, a Daisy levou ao pé da letra a minha indignação contra velhotes.

De qualquer forma, tenho um determinado apreço por terapeutas homens, visto que mulheres me remetem a maternidade e, bom, não me dei muito bem com a minha mãe.

Eu encarava o seu consultório, milimetricamente limpo e organizado.

Ele me encarava.

Já havíamos nos apresentado e então o silêncio pairou sobre nós.

Na verdade, o silêncio se solidificou em forma de uma barreira maciça.

Eu sou resumida e definida pela pequena sigla TPAS desde a minha primeira consulta psicológica, quando ainda era criança.

O que é TPAS? Transtorno de Personalidade Antissocial.

Parece algo simples e pra mim é.

Há diversos motivos para alguém desenvolver esse distúrbio mental, mas, no meu caso, foram os traumas advindos dos abusos psicológicos feitos pela minha mãe. Por conta da minha necessidade exacerbada de me proteger, não é de se admirar que eu aprendi a me priorizar e deixar de lado o bem estar do próximo.

Bom, na verdade é isso o que os psicólogos dizem.

Eles me presentearam com esse diagnóstico e eu o uso sem pudor. Até porque, coitada de mim, não é mesmo? Sofri tanto... mereço a sua compaixão.

Abelha-Rainha 🐝Onde histórias criam vida. Descubra agora