Abelha-Rainha 🐝

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Vejo, através da indústria cinematográfica, que o sentimento de ódio é vilanizado. O enxergam como algo ruim, digno somente dos piores personagens da trama. Contudo, eu o enxergo como o melhor dos sentimentos.

Ódio é combustível.

Ódio é o elemento primordial da movimentação da locomotiva louca que é a minha vida.

Ódio é o que conduz.

Quanto ao amor? É a fraqueza. Exaustão, cegueira, estagnação.

Ao ser jogada na piscina, eu perdi meus livros, meu celular, meu estojo, minha mochila... mas o que me deixou em um estado catatônico de ódio foi perder minhas anotações das aulas.

Sou uma pessoa extremamente organizada com os meus estudos e perder a base do que eu já havia estudado me irritou demais.

Naquele mesmo dia, fui até uma loja para pegar um novo celular e fazer o backup das minhas conversas e afins. Após sair de lá, fui até a casa da segunda pessoa mais importante daquela escola: Nathaniel Stewart, mais conhecido como Nate.

Ele é o capitão do time de futebol americano da Lenox e um dos meus zangões favoritos, pelo simples fato de não medir esforços para conseguir o que quer, assim como eu. Não temos muito contato, mas sempre que precisamos, nos ajudamos.

Desde que os meninos do futebol começaram a me assediar, eu dei um decreto: nenhuma líder de torcida fica com nenhum jogador de futebol. Contudo, como o assédio havia acabado por conta do meu namoro com o Adam e eu estava em uma situação crítica, me dispus a anular essa ordem.

— A que devo a honra? Se cansou do Reynolds? — Nate disse ao abrir a porta da sua casa com o seu abdômen definido a mostra e uma calça de moletom. Umedeceu os lábios e encarou minhas pernas expostas.

— Não. Vim aqui oferecer uma trégua entre os seus meninos e as minhas operárias. Além dos seus serviços, é claro — Ele arqueou as sobrancelhas. — Como meu zangão — Ele revirou os olhos e me deu passagem para entrar na sua casa.