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O dia iniciou completamente normal: tomei café da manhã, quase me atrasei para a primeira aula e recebi mensagem do Anônimo assim que pisei na Lenox

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O dia iniciou completamente normal: tomei café da manhã, quase me atrasei para a primeira aula e recebi mensagem do Anônimo assim que pisei na Lenox.

Anônimo
Você tem oito horas. Se não conseguir provar, suas informações serão consideradas como inúteis.

Anônimo
Particularmente? Se não conseguir provar isso, constatarei que você não está me servindo de nada.

Anônimo
Vou divulgar suas fotos e foda-se.

Chato-pra-caralho.

Onde eu estava com a cabeça ao aceitar ficar do lado dele? Na puta que pariu, só se for.

Suspirei ao lê-las e um medo surreal passou pela minha espinha. Eu não queria pagar pra ver. Como vou explicar isso pra minha mãe? Porra, essas fotos vão me foder em tantas camadas...

Comecei a pensar no que fazer para sair dessa situação. A Maya pediu para que eu confiasse nela... Será que ela esqueceu que eu tenho um prazo?

Peguei meu livro de física do armário e fechei a porta em seguida. Como um ímã, antes que eu pudesse ir para a sala, meu olhar foi atraído para a entrada da escola. Maya cruzou a porta de entrada de mãos dadas com o Adam e com suas fiéis súditas ao seu encalço. O percurso parecia ser feito em câmera lenta, como se fosse um filme adolescente. Ao me ver, fixou seu olhar ao meu e sorriu de canto, de forma maquiavélica. Normalmente ela não sustenta nosso olhar, justamente para despistar qualquer indício de envolvimento comigo, então não pude negar meu semblante de confusão com sua atitude.

Tudo ficou ainda mais estranho quando percebi que ela estava vindo em minha direção.

Com sua colmeia.

E o Adam.

Na frente da escola inteira.

Isso não passou desapercebido pelos estudantes, que rapidamente começaram a emitir sons de burburinho. Ainda de mãos dadas com seu namorado, a assisti aproximar o seu corpo do meu, levar uma mão até minha nuca e me puxar para si, unindo seus lábios aos meus sem cerimônia.

— Dança minha música, Walsh. — Ela sussurrou contra os meus lábios antes da sua língua pedir passagem e eu prontamente ceder.

Instintivamente, levei a mão livre até sua cintura, colando seu corpo definitivamente no meu. Por alguns segundos, era como se não existisse uma guerra travada ao nosso redor. Degustei cada canto da boca da Maya lentamente.

Um alívio do caralho se acomodou no meu peito por, finalmente, trazer para a realidade uma parte de tudo que estava vivendo com a Maya no oculto. Eu não sabia que me sentia tão aprisionado até experimentar essa liberdade, que parece ter vindo como um presente diretamente do céu para aquecer o meu coração. O peso da ameaça do Anônimo tornou-se irrelevante.

Abelha-Rainha 🐝Onde histórias criam vida. Descubra agora