Inesperado

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P.O.V. Mina.

18.09.2020

- Sim, quer que eu avise a entrada de vocês? - Respondi sem desviar o meu olhar.

- Não. - Ele respondeu de forma simples. - A senhorita está presa por corrupção passiva. - Fiquei completamente surpresa quando ouvi a fala do policial, chegando a achar por um momento que tudo não passava de uma brincadeira, porém é sim, bem real.

- O quê? - Perguntei sentindo uma estranha vontade de chorar por nervosismo, mas me controlando para que as lágrimas não escorressem.

- A senhorita está presa por corrupção passiva. - O policial repediu e então senti um outro policial puxando a cadeira onde estou sentada para trás e tentando me fazer levantar.

- Isso só pode ser engano, eu não fiz nada. - Falei com um tom um pouco alto e me soltando das mãos do policial ao meu lado.

- Se acalme senhorita, será melhor assim, se não teremos que usar força bruta e sei que a senhorita não quer isso. - O policial a minha frente disse com um calmaria que conseguia me deixar ainda mais nervosa.

- Eu não fiz nada, nem sei do que o senhor está falando. - Falei tentando manter a calma e deixando o policial ao meu lado me algemar, como já queria antes.

- Isso só a investigação dirá se é verdade, mas não é a mim que você deve falar isso e sim ao delegado na delegacia. - Ele disse parecendo um pouco irritado com a minha insistência de que não fiz nada.

Porém, o que eu realmente foquei naquele momento foi na Jeongyeon, que saiu da sua sala sendo levada por um policial em direção ao elevador, ela parecia calma demais, para uma pessoa que está sendo presa, mas, ao mesmo tempo, não parecia que a sua mente estava aqui, talvez tenha sido um grande choque receber a notícia de que está sendo presa.

Fui puxada pelo policial ao meu lado que me segurava pelo braço e deixei ele me levar em direção ao elevador, eu me controlava para não deixar as lágrimas caírem, sim, eu estava nervosa, pois não conseguia entender como meu nome foi posto no meio de uma investigação por corrupção na empresa, nunca fiz nada disso e nunca faria.

Logo entrei no elevador com o policial, porém ali eu já não tinha tanta força para conter as lágrimas, que começaram a escorrer de forma calma e em pouca quantidade, sinceramente tenho vergonha de chorar em público, ainda mais em uma situação em que quem olha de fora me jugaria com uma criminosa.

Abaixei a cabeça e deixei ser guiada em direção a viatura, pude sentir o olhar dos outros funcionários queimando sobre a minha pele, o que só fazia eu querer chorar mais do que já estava, porém, ali eu ainda conseguia me controlar.

Controle esse que foi completamente perdido quando fui colocada no banco de trás da viatura, fazendo com que agora as minhas lágrimas escorressem com vontade, fazendo a minha cabeça chegar a doer com isso.

- Na hora de roupar faz com gosto, mas quando é presa, fica aí chorando igual uma criancinha. - O policial que entrou no banco do passageiro disse, fazendo eu me sentir mais irritada ainda.

- Eu não roubei nada. - Falei deixando claro a minha irritação e ainda chorando de nervoso no com tudo o que está acontecendo.

- A gente finge que acredita em você. - O policial que dirigia disse e em resposta eu só suspirei de mais raiva ainda.

Decidi ignorar a existência dos dois ali e só apoiei a minha cabeça em minhas pernas, deixando as lágrimas fluírem pelos meus olhos, meu nervosismo só parecia querer aumentar a cada segundo, quando mais eu percebia ser verdade, eu realmente estava sendo presa por algo que não fiz.

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