Melhoras e pioras

44 9 0
                                    


P.O.V. Jeongyeon

06.07.2015

Algumas semanas haviam se passado desde que fui presa, levada a um presidio e passai a responder em liberdade, confesso que esses dias foram bem difíceis.

Quando eu estava presa era relativamente mais fácil ir contra a vontade de usar drogas novamente, pelo simples fato de que eu não conseguiria fugir de um presidio para isso, porém em casa, na casa da minha mãe, é bem mais difícil.

Apesar de nesses dias eu só ter saído para ir à delegacia, como havia sido obrigada pela justiça, e ainda acompanhada pela minha mãe, porém, todas às vezes que estive sozinha aqui uma vozinha na minha cabeça ficava falando que eu podia ir lá rapidinho usar algo que ninguém perceberia.

Porém, eu fui forte e não usei nada, com isso criei um costume todas às vezes que senti essa vontade eu ou ia tomar banho ou ia comer alguma coisa, talvez isso não seja certo, mas focar em fazer outra coisa e não nessa vontade realmente me ajuda a esquecer isso e não cair em tentação.

Nesse tempo também me reaproximei da minha mãe, a gente voltou a fazer coisa juntas, como assistir doramas, os que passam na tv mesmo, no sofá, conversando sobre coisas banais, era bom poder estar próxima dela de novo.

Ouve uma coisa que eu fiz nesses dias, pesquisei sobre os sintomas da abstinência de drogas, descobrir que muitas das coisas que estava sentindo era dela, ainda me sinto estranha, como se estive doente, mas tento não pensar muito nisso, porque se não faz parecer que voltar a usar é melhor do que continuar não tentando fazer isso.

Hoje na verdade é um dia muito decisivo para o resto da minha vida, o dia do meu julgamento, agora eu simplesmente esperava a minha vez, sentada ao lado da minha mãe, do advogado e do meu pai eu ouvia ansiosa o juiz falando sobre o caso de um cara que estava sendo acusado agredir a esposa.

— Declaro culpado o senhor Park Jung por agressão doméstica, pena de nove anos, cinco meses e dois dias. - O juiz disse e com isso um policial foi até o homem o algemando logo em seguida.

Vi então uma mulher entregar uma pasta ao juiz, que devolveu a pasta que estava consigo, sinceramente estava tão ansiosa que realmente queria que fosse a próxima.

— Senhorita Yoo Jeongyeon. - O juiz me chamou e com isso na mesma hora me levantei, vendo o advogado se levantar também, fui com calma até o lugar de réu, mas ainda ficando de pé. – Jura dizer somente a verdade e nada mais que a verdade? - O juiz perguntou olhando diretamente para mim e com isso senti a ansiedade de tornando nervosismo.

— Juro. - Respondi sendo levemente mentirosa sobre, sabia que mentiria, principalmente sobre não lembrar quem me vendeu as drogas, mas era por uma boa causa, eu não deixaria algo acontecer com a minha mãe ou com a Nayeon.

— Pode se sentar senhorita Yoo. - O juiz disse e então me sentei com o advogado ainda do meu lado. - Gostaria de chamar o promotor para falar sobre. - Ele pediu e vi um homem se levantar e ir próximo ao juiz.

— Gostaria de começar chamando o policial Son Junk. – O promotor disse e o policial que me prendeu naquela noite se levantou indo até o local de testemunha e jurando dizer a verdade. – Poderia contar como foi a noite quando você prendeu a senhorita Yoo. – O promotor pediu olhando para o policial.

— Estava na patrulha noturna no centro de Seul, com a policial Kim, quando vi ela antando sozinha em uma rua não tão movimentada, pelo jeito que andava torto parecia estar no mínimo bêbada, o que seria até normal, por ser uma madrugada de sábado para domingo em uma região onde existe várias boates, decidi abortá-la, pensando que se só estivesse bêbada a deixaria em casa, já que não é seguro uma jovem bêbada sozinha em uma rua deserta àquela hora da noite. Como sempre fiz a abordagem padrão, pedi a Kim que a revistassem enquanto eu revistei a bolça dela, logo encontrando dois cigarros nitidamente artesanais, fiz então o teste rápido para drogas ilegais e ele deu positivo, com isso a dei voz de prisão e a levei para a delegacia. – Ele contou e pelo que eu me lembrava daquela noite era isso mesmo que aconteceu.

Second ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora