Sorrisos bobos

61 13 0
                                    


P.O.V. Mina.

16.03.2014

Com certeza a melhor coisa que eu havia feito hoje, nesse domingo, foi ter conseguido não ter que ir para a célula das crianças juntos com os meus pais, porque agora eu conseguia estar bem onde queria, no colo dela, com seus lábios nos meus e sua língua acariciando a parte interna da minha boca com tanta perfeição.

Eu já havia perdido a contagem de quantos beijos havíamos dado essa tarde, diria que muito provavelmente pois estava com saudade dela, sim, sei que a gente se viu na sexta-feira, mas ficamos um dia inteiro sem nos ver.

Mas não pense que a gente só ficou se beijando essa tarde, a gente também conversou bastante e descobri coisas bem interessantes sobre ela, como o fato de que ela gostaria de um dia ter um gato ou o fato dela sempre acordar tarde quando possível.

Enquanto nossos lábios ainda estavam colados e suas mãos apertando de leve a minha cintura, fomos cortadas pelo toco do despertador do meu celular, indicando que já é cinco da tarde.

— Tenho que ir. – Falei um pouco desanimada com isso, logo após deligar o despertador.

— Fica mais um pouquinho. – Ela pediu fazendo um biquinho fofo que eu não resisti em roupar um selinho dela.

— Eu adoraria, mas tenho que me arrumar para ir à igreja e se eu me atrasar meus pais vão estranhar e brigar comigo. – Falei sendo sincera com ela e ainda preferindo ficar aqui, mas sabendo que não posso.

— Tudo bem, não quero gerar problemas para você. – Ela disse me dando um pequeno sorriso.

Nos duas nos levantamos e nos despedimos com mais um abraço e um beijo um pouco demorado, já que ambas não queríamos ir embora, tanto que descemos a escada de emergência de mãos dadas até chegarmos na janela do quarto dela, onde nós despedimos com mais um abraço e outro beijo, só que agora rápido, porque havia a chance de alguém ver.

Só então desci o último lance de escada e entrei pela janela do meu quarto, mesmo que não tivesse ninguém em casa, tirei o meu sobretudo, pois dentro de casa não estava o mesmo frio que do lado de fora.

Pequei a roupa que já havia deixado separada na cama e fui em direção ao banheiro do corredor, eu necessitava tomar um bom banho quente antes de sair de casa, já que mesmo estando quase nevando lá fora, quando estou com ela sempre fico estranhamente com calor.

De banho tomado e roupa trocada, sai do banheiro indo em direção ao meu quarto, onde penteei o meu cabeço o deixando solto mesmo e calçando o meu coturno preto, para enfim pegar a minha bolça e sair em direção a igreja, que não fica muito longe de casa.

Fui caminhando com calma, um pouco distraída pelas ruas já tão conhecida por mim, logo virei na rua aonde possuía uma padaria japonesa, que minha mãe amava comprar pães, dizendo que isso a lembra sua infância no Japão.

Foi então que senti alguém segurando com força o meu braço direito e fazendo eu parar de andar.

— Passa tudo menina. – Um homem alto disse ainda segurando o meu braço e apontando um canivete para mim.

Senti meu corpo inteiro tremer de medo e eu ficar completamente sem reação, naquele momento ali eu só queria abrir os olhos e descobrir que isso não passava de um pesadelo.

— Solta ela. – Ouvi a voz familiar dizendo e senti meu medo aumentar quando vi Jeongyeon para bem a mim a frente e com um cara bem irritada.

Antes que eu percebesse o cara me soltou e foi para cima dela, eu não conseguia entender direito o que acontecia ali, estava atordoada demais, só sabia que os dois brigavam feio.

Second ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora