Medo das consequências

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P.O.V. Jeongyeon

13.06.2015

— A senhorita está presa por tráfico de drogas. – Ele disse agora olhando diretamente para mim e eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo.

Estava paralisada com essa informação, tanto que nem reparei quando a policial me algemou e mandou que eu entrasse no carro, no banco de trás mesmo já que eu não parecia resistir a prisão ou melhor só estava tentando processar o que havia acabado de acontecer.

Eu não podia estar sendo presa, o que eu ia dizer para a minha mãe com isso, até porque ela é a única pessoa que eu ligaria agora, já que ligar para a Lisa ou a Jisoo só traria problemas a elas e eu não faria isso, porém eu estava brigada com a minha mãe e isso só fazia eu me sentir mais nervosa sobre tudo isso.

— Yoo Jeongyeon! – Fui tirada dos meus pensamentos quando ouvi o quase grito do policial, imagino que ele já esteja chamando por mim a um tempo.

— Sim. – Falei mostrando que estava ouvindo e prestando atenção nele, não queria complicar mais a minha vida agora.

— A senhorita está sobre o efeito de alguma droga ilícita? – Ele perguntou ainda dirigindo até que com calma nas ruas vazias do centro de Seul.

— Sim. – Respondi sendo sincera sobre isso, eu sei que mentir só pioraria a minha vida no momento.

— Você será levada a delegacia, onde os tramites da sua prisão em flagrante serão feitos e depois você passará por um exame de toxicidade para sabermos o que usou recentemente. – A policial disse com uma certa calma na voz, o que fazia ela parecer bem mais tranquila que o outro policial agora.

— Ok. – Respondi unicamente para que eles soubessem que eu havia entendido isso, novamente não querendo complicar mais a minha vida do que já está agora.

Reparei que o policial falou algo no radio, mas não prestei atenção, eu estava nervosa e chegava a suar frio, porém, eu ainda tentava manter a calma respirando fundo e prolongadamente, mas isso não funcionava nem um pouco, já que eu só me sentia mais nervosa.

Não demorou muito até chegássemos na delegacia, assim que entramos só havia uma jovem que chorava compulsoriamente sentadas em uma das cadeiras, não parei ali já que a policial me segurava pelo braço e me guiava em direção adentro do local.

Fui levada a uma sala branca e um pouco grande com algumas cadeiras, me sentei em uma delas e vi a policial ficar parada próxima a porta e só então reparei que o outro policial não estava junto, não me importei muito com isso no momento.

O clima ali era tenso e eu sabia que muito disso vinha do meu medo com o que aconteceria comigo agora, não, eu não queria ser presa e sabia que as chances agora de eu ter que ficar anos na cadeia eram bem grandes e isso realmente me assustava muito.

— A senhorita tem direito a fazer uma ligação, quer ligar para alguém? – A policial perguntou mantendo um tom bastante formal que chegava a me assustar um pouco.

— Sim. – Respondi sabendo que em algum momento terei que contar a alguém e pedi ajuda para conseguir sair daqui e obviamente a única pessoa que podia ligar agora era a minha mãe.

A policial não disse mais nada, porém, a vi mexendo no seu celular enquanto só nós duas estávamos ali, até que então outro policial entrou, não o que dirigia a viatura.

— Para quem a senhorita vai ligar? – Ela perguntou agora soltando os meus braços que ainda estavam presos pela algema.

— Minha mãe. – Respondi sem conseguir olhar diretamente para ela, pela vergonha que eu também sentia por ter feito algo tão errado.

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