Medo do pior

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P.O.V. Jeongyeon

07.12.2020

Estava com raiva daquele promotor, por ele simplesmente ter obrigado Mina a se assumir a todos aqui de um jeito péssimo e até traumatizante para ela, também estava irritada com o juiz por não ter aceitado o protesto do senhor Woong.

Mas claro que a minha maior preocupação era com a Mina, ela chorava intensamente enquanto tinha que falar sobre o nosso passado, percebi quando o choro dela se intensificou e motivo foi seus pais que se levantaram e foram embora, já esperava isso dos dois, mas torcia para que fosse o contrário, só para que ela se sentisse melhor.

— Daremos uma passa de quinze minutos para que possa se recompor senhorita Myoi. – Fiquei mais aliviada quando o juiz disse isso e assim que ele se levantou, fui até ela, querendo só que ela se acalmasse.

— Mina, meu amor, está tudo bem agora, não precisa chorar por eles. – Falei a envolvendo em um abraço.

— Não era para eles descobrirem assim. – Ela disse em meio ao choro. – Eu tenho que ir falar com eles. – Ela completou se levantando e saindo do meu abraço.

— Espera Mina, despois você faz isso. – Falei, porém ela já saia quase correndo da sala e indo atrás dos dois.

Fui atrás dela, tinha medo de ela se magoar mais com o que ouviria dos pais, sei que todos vão estar estressados e com certeza falariam coisas que se arrependeriam depois, talvez só a Mina se arrependesse, é bem capaz deles dois não sentirem nada em relação a isso.

Procurei por onde ela podia estar, já que o tribunal possui duas saídas e não, eles não estavam na primeira que fui, por isso logo fui em direção a outra encontrando lá Mina, sozinha ajoelhada no chão chorando muito.

— Mina, meu amor, calma tudo vai ficar bem. – Falei a envolvendo em um abraço, mas parecia que ela não havia nem me notado ali. – Calma, só se acalma, você não precisa mais deles. – Completei e novamente ela não parecia me ouvir.

Percebi seu choro diminuir ao mesmo tempo que ela parecia ficar mais pálida até que ela desmaiou em meus braços.

— Mina! – A chamei, porém ela não me respondeu e no mesmo momento me senti completamente preocupada com ela. – Socorro um médico por favor. – Gritei desesperada enquanto a deitei no chão, para o meu alívio logo vi um paramédico vindo até ela no corredor e só então lembrei que possuía um médico no tribunal para se alguém passe mal, como agora.

Reparei quando o médico começou a fazer uma ressuscitação e então lembrei tanto da cicatriz no meio do peito, como dos problemas cardíacos dela.

— Ele tem um problema cardíaco, tem um marca-paço. – Falei afobada e com medo de esse ser o problema que ela estava tendo.

— Alô pronto socorro, aqui quem fala é o médico do tribunal regional do centro, preciso de uma ambulância, mulher jovem tendo uma parada cardíaca. – O médico disse e só então notei que ele falava no telefone, provavelmente havia ligado para a ambulância. – Já tem uma ambulância a caminho. – Ele disse agora olhando para mim e continuando a massagem, cardíaca. – Sabe qual problema cardíaco ela tem?

— Não sei dizer, só sei que ela tem desde que nasceu e que com oito ou nove anos ela teve que colocar um marca-paço. – Respondi tentando me lembrar o que ela havia me contado ainda na adolescência sobre a sua cicatriz.

— Jeongyeon o que aconteceu? – Senhor Woong perguntou aparecendo ali e também parecendo preocupado.

— Não sei ela desmaiou enquanto chorava. – Respondi sentindo meu rosto se molhar das minhas próprias lágrima, chorava de nervoso e medo com o que podia acontecer com ela.

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