Second Chance

Uma grande dor

Agora sim posso dizer que o hiatus acabou.

Mas antes de eu explicar como vai ficar as postagens vamos ao capítulo de hoje

Boa leitura.

🔑

P.O.V. Jeongyeon

06.12.2020

Hoje apesar de ser um domingo com certeza está sendo um dia estressante, principalmente por amanhã ser o dia do julgamento meu e da Mina, mesmo eu tendo a certeza de que sou inocente, algo me diz que quem está fazendo isso pode ir muito longe para me ver atrás das grades.

Justamente por isso que eu decidi aproveitar essa manhã de domingo e ir à casa da minha mãe, pedir a ela que jogue as cartas para mim e veja o que elas dizem, tenho um certo medo do que posso descobrir com isso, como sei que talvez possa me sentir mais calma.

Estacionei o carro na vaga da minha mãe no condomínio e logo sai dele, caminhando em direção ao prédio dela e pude no caminho ver algumas crianças brincando no parquinho, era nostálgico vê-las principalmente por que eu brinquei por anos da minha vida aqui e dava até um certa saudade dessa época, especialmente da paz que é ser criança.

Subi pelo elevador indo direto para o andar onde morei por boa parte da minha vida, como sempre toquei a campainha mesmo tendo a chave, estava cedo e sei que a chance de a minha mãe estar dormindo, mas mesmo assim ela logo abriu a porta.

— Filha. – Senhora Kim disse com um grande sorriso no rosto.

— Oi mãe. – Falei sentindo-a me envolver em um abraço apertado que eu retribui, até porque eu necessitava desse abraço.

— É estranho ver você aqui tão cedo. – Ela disse deixando agora que eu entrasse no apartamento.

— Na verdade, eu nem dormi essa noite. – Confessei sabendo que talvez ela brigasse comigo por isso, mas eu até entenderia.

— Está ansiosa com o julgamento né? – Ela perguntou voltando a se sentar na mesa que estava posta com as coisas do café da manhã.

— É. – Concordei até porque ela sempre sabia melhor do que eu o que estava sentindo.

— Toma café da manhã, que eu sei que você não comeu nada. – E novamente ela mostrou como me conhece bem, o que já era esperado por ser a minha mãe.

— Mas eu não estou com fome. – Falei sem realmente querer comer algo, acho que fome é o que menos estou tendo no momento.

— Come, porque só de te olhar eu sei que teve de ter emagrecido uns dois quilos nesses meses. – Ela disse com o seu tom de ordem comigo, o mesmo que ela usava quando mandava eu arrumar o meu quarto. – Quer que eu faça o seu leite com café igual antigamente? – Ela perguntou agora parecendo com um tom de preocupação.

— Mãe eu não tenho mais doze anos. – Falei reclamando um pouco dela estar me tratando como uma criança, mesmo que ela fingiu não me ouvir e começou a preparar o leite.

— Toma pelo menos isso, por favor. – Ela pediu entregando a caneca com o leite com café.

— Tudo bem. – Concordei sabendo que ela continuaria insistindo e foi até nostálgico o sabor diferente que o café com leite que ela faz tem e que me lembra tanto a infância. – Mãe, você pode jogar as cartas para mim. – Pedi olhando diretamente para ela que comia calmamente o seu sanduiche de todas as manhãs.

— Posso, desde que você tome todo o seu leite. – Ela respondeu e acabei revirando os com isso.

Fiz o que ela pediu enquanto a ouvia contar sobre como a nova vizinha do andar de cima e chata, barulhenta e não aceita que reclame do fato dela viver colocando os sons nas alturas em horários que não são nem um pouco adegados.