C I N Q U E N T A T R E S

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PARALISADAS

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PARALISADAS

foi assim que ficamos, encarando umas as outras e completamente sem reações, por um tempo indeterminado.

- Neto? - questionei sem acreditar na palavra que saiu da minha boca.

Ou nas palavras que saíram da boca de Eda.

- Seu irmão - ela começou - ele é o meu neto.

Por pouco eu não soltei uma risada estridente, eu teria feito se não fosse pelas semelhanças nunca notadas entre aquela senhora e Edu.

O mesmo cabelo claro, a pele cor de pêssego e olhos com a mesma coloração.

- C-omo? - Katelyn perguntou, sua voz tão baixa que parecia lhe faltar o ar.

- Como o que? - Eda falou, seu olhar se tornando gélido.

Katelyn tinha uma expressão perturbada, seu olhar perdido como se a sua mente estivesse na tentativa de processar algo que para ela era imaginável até alguns minutos atrás.

Eda avó de Edu? eu não conseguia fazer essa frase ter um sentido real na minha cabeça, era a mesma coisa que tentar imaginar uma baleia voando.

- Como...tudo? - Katelyn arranjou forças para dizer - como pode deixa seu neto com o Henry, como Eduardo pode ser seu...neto?

Neto, é estranho de dizer até mesmo para Katelyn.

Eda fecha os olhos por um momento, suas mãos se cravam no balcão da cozinha, talvez uma maneira de se manter ainda de pé.

De não desabar.

- Jenny conheceu Henry em uma das suas competições de patinação, na época tudo o que eu e ela soubemos sobre ele, era que tinha ficado viúvo a pouquíssimo tempo e que pretendia ter um brilhante futuro na política - Eda contava tudo como se sentisse uma dor, acho que relembrar o passado causa isso em algumas pessoas - não morávamos aqui em Red City, então só descobrimos mais sobre ele, quando Edu já estava no ventre dela.

- Ela veio morar aqui só porquê ficou grávida? - questionei já sabendo a resposta.

Eda assentiu hesitante.

- Não foi bem isso - ela disse pensativa - a princípio Henry falou que queria ter ela perto dele durante a gestação, ela não poderia competir nesse tempo, então parecia justo, depois que a criança nascesse ela voltaria a sua vida fora daqui, mas...

- Não teve um depois - Katelyn afirmou cruzando os braços.

Eda novamente assentiu, desta vez, a tristeza ficou explícita em todo seu semblante.

Não teve um depois.

- Ela não sobreviveu ao parto - ela falou, mesmo que todas alí presente soubessem o desfecho daquela história.

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