S E S S E N T A Q U A T R O

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  - TEM certeza? - Thomas exclamou quando nós aproximamos do ponto indicado pelo localizador

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  - TEM certeza? - Thomas exclamou quando nós aproximamos do ponto indicado pelo localizador.

- Já disse duas vezes que sim, é por aqui! - afirmei observando aos arredores.

O ambiente possuía hostilidade, mas ao mesmo tempo tinha beleza, a estrada era asfaltada, as árvores vivas tinham colorações lindas e escuras, e com quilômetros de distância era possível ver casas ou cabanas, com muitos quilômetros de distância.

E o localizador apontava que a localização de May era em uma casa isolada, uma casa que ficava escondida dentro da mata que não era aparada a meses, e tinha uma aparência abandonada.

- Como ela achou esse lugar? - escutei Thomas sussurrar para si mesmo.

- Mais uma pergunta para a lista de perguntas intermináveis que sua irmã precisa responder - falei antes de guardar o celular - estacione longe da vista da casa, não queremos...

- Sei o que fazer Eliza - Thomas me interrompeu, sua voz trêmula.

Ele parou o carro a poucos metros do local, quase posso escutar as batidas de seu coração, sua respiração está incontrolável e tento pensar em qualquer coisa que possa acalmá-lo.

- Eu sei que está nervoso...

- Estou apavorado Eliza, olhe para aquela casa...ela pode estar, meu Deus não consigo nem pensar.

Estou apavorado, e ele estava, o pavor refletido em sua expressão.

- Prefere ligar para a polícia? - perguntei receosa.

Ele me lançou um olhar confuso mas pensativo.

- E o que devemos dizer para eles? suspeitamos que um crime possa futuramente acontecer,  então venham por favor?

- Se isso te tranquilizar - comecei ansiosa - sim, devemos ligar.

Thomas respirou fundo, seu peito subiu e desceu e sua mão dançou rapidamente no volante, suspeito que milhões de pensamentos invadiam sua mente até quase deixá-lo louco.

- Eu vou, e você liga - ele falou semelhante a uma ordem - caso eu não retorne, ou sentir que algo deu errado, então...

Dessa vez eu tiver que interrompê-lo.

- Não.

- Sim.

- Thomas, se você for, eu vou.

- Olha Eliza...

Acabei não esperando ele terminar a frase, apenas desci do carro e com os olhos semicerrados avistei novamente a casa.

- Pelos céus, volte para o carro - Thomas murmurou descendo do carro.

Mas não voltei, me infiltrei na mata, senti as folhas arranhar minha pele e um odor fresco que provêm da natureza, se não fosse pelas circunstâncias,  aquele seria um lugar de calmaria somente.

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