- TEM certeza? - Thomas exclamou quando nós aproximamos do ponto indicado pelo localizador.
- Já disse duas vezes que sim, é por aqui! - afirmei observando aos arredores.
O ambiente possuía hostilidade, mas ao mesmo tempo tinha beleza, a estrada era asfaltada, as árvores vivas tinham colorações lindas e escuras, e com quilômetros de distância era possível ver casas ou cabanas, com muitos quilômetros de distância.
E o localizador apontava que a localização de May era em uma casa isolada, uma casa que ficava escondida dentro da mata que não era aparada a meses, e tinha uma aparência abandonada.
- Como ela achou esse lugar? - escutei Thomas sussurrar para si mesmo.
- Mais uma pergunta para a lista de perguntas intermináveis que sua irmã precisa responder - falei antes de guardar o celular - estacione longe da vista da casa, não queremos...
- Sei o que fazer Eliza - Thomas me interrompeu, sua voz trêmula.
Ele parou o carro a poucos metros do local, quase posso escutar as batidas de seu coração, sua respiração está incontrolável e tento pensar em qualquer coisa que possa acalmá-lo.
- Eu sei que está nervoso...
- Estou apavorado Eliza, olhe para aquela casa...ela pode estar, meu Deus não consigo nem pensar.
Estou apavorado, e ele estava, o pavor refletido em sua expressão.
- Prefere ligar para a polícia? - perguntei receosa.
Ele me lançou um olhar confuso mas pensativo.
- E o que devemos dizer para eles? suspeitamos que um crime possa futuramente acontecer, então venham por favor?
- Se isso te tranquilizar - comecei ansiosa - sim, devemos ligar.
Thomas respirou fundo, seu peito subiu e desceu e sua mão dançou rapidamente no volante, suspeito que milhões de pensamentos invadiam sua mente até quase deixá-lo louco.
- Eu vou, e você liga - ele falou semelhante a uma ordem - caso eu não retorne, ou sentir que algo deu errado, então...
Dessa vez eu tiver que interrompê-lo.
- Não.
- Sim.
- Thomas, se você for, eu vou.
- Olha Eliza...
Acabei não esperando ele terminar a frase, apenas desci do carro e com os olhos semicerrados avistei novamente a casa.
- Pelos céus, volte para o carro - Thomas murmurou descendo do carro.
Mas não voltei, me infiltrei na mata, senti as folhas arranhar minha pele e um odor fresco que provêm da natureza, se não fosse pelas circunstâncias, aquele seria um lugar de calmaria somente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
RIVAIS
JugendliteraturEliza Travers e Thomas Stuart se odeiam. Eliza é uma garota exemplar, dona de notas excelentes e passa longe de qualquer clichê de nerd recatada, tem uma vida social admirável, e tudo seria tranquilo e até mesmo perfeito em sua...