V I N T E T R E S

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THOMAS saiu alguns minutos depois, seu semblante estava confuso e um pouco exausto, não demorou muito para que nossos olhares se encontrassem

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THOMAS saiu alguns minutos depois, seu semblante estava confuso e um pouco exausto, não demorou muito para que nossos olhares se encontrassem.

- Não deveria ter me esperado. -ele disse ao passar por mim.

- O que mais eu poderia fazer ? - digo me desencostando da parede e começando a acompanhá-lo. - Fomos liberados mais cedo.

- Eu percebi. - Thomas sussurrou de mau-humor.

- O que disse no interrogatório ? - perguntei receosa com a resposta.

Passamos silenciosamente pela entrada do colégio, havia apenas dois policiais falando com o porteiro, apenas quando atravessamos a rua e viramos a esquina que um parte da tensão acumulada em nossos corpos se dissipou, Thomas encostou seu corpo na parede da esquina, puxou da mochila um cigarro e um isqueiro, revirei os olhos impaciente.

- Falei tudo que eu sabia. - ele disse acendendo o isqueiro e o levando até o cigarro.

- Tudo ? até das suas suspeitas com o Brad e da sua irmã ? - perguntei em voz baixa, tinha medo que algum dos policiais nos escutassem, realmente parecíamos os culpados de algum crime.

- Bom...eu disse que Brad e June ficaram a algumas semanas mas que não sabia se o relacionamento deles continuava.

- Meia verdade. - murmurei.

- Sim e não, vi eles conversando diversas vezes mas Brad nunca saia com ela ou coisa do tipo, o irmão dele estuda na mesma universidade que June, então eu nunca soube se ele ia ver o irmão ou a June. -ele disse levando o cigarro até seus lábios levemente rosados.

- Ou os dois. - comentei.

- Ela já sabia. - Ele confidenciou soltando a fumaça e a esvanecendo com a mão.

- Ela quem ? - perguntei surpresa.

- Whitney Alys, a detetive que me interrogou, ela já sabia de June e Brad, da rivalidade entre nossas famílias, ela basicamente me forçou a dar informações que ela já tinha conhecimento.

- Ela te disse isso ?

- Não, mas as perguntas eram muito pretensiosas, algumas até mesmo subjetivas mas dava pra ver que ela já sabia a verdade. - Thomas passou a mão pelo cabelo nervoso. - ela é boa.

Encarei Thomas por alguns segundos, seu maxilar travado e seus lábios pressionados um contra o outro denunciavam seu nervosismos mais uma vez, em seguida ele pareceu se lembrar do cigarro em sua mão e o levou a boca novamente.

- E dai que ela é boa ? dane-se na verdade, não estamos escondendo nada, não somos os culpados. - digo olhando ao redor para vermos se estamos sozinhos, a rua estava vazia e se despedia lentamente do inverno, as folhas começavam a crescer nas árvores com seus galhos nus, o clima não era nem quente nem frio, e apenas o vento fazia companhia a nós, e a primavera logo nós daria boas-vindas. - bom, pelo menos eu não sou culpada.

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