MEU corpo não respondia ao cérebro, eu sabia que devia ser rápida mas o máximo que consegui foi sair daquele quarto.
- Como vamos sair daqui ? - digo baixo.
- Não é a primeira vez que venho aqui. - Katelyn suspira, mas suas mãos revelam o nervosismo escondido em sua voz. - talvez seja mais inteligente tentarmos sair pelos fundos.
- É exatamente o que eles pensam que vamos fazer.
Katelyn me fuzilou com o olhar mas ela sabia que eu estava certa, o corredor oscilava entre escuridão e uma luz avermelhada, a sirene tocava baixo mas ainda era possível ouvir, eu podia ouvir meu coração batendo de tão forte, tudo o que estava acontecendo era intenso demais, rápido demais.
- De qualquer forma, temos que sair desse corredor. - Katelyn diz me puxando pelo pulso, sabia que eu estava quase paralisada.
A acompanho e escuto o murmúrio dos pacientes dentro de seus quartos, é assustador.
Andamos apressadas, e felizmente a sirene oculta qualquer barulho que podemos emitir, o som é tão irritante quanto a moto de Thomas, tão irritante quanto está pensando nele.- Podíamos ter nos escondido no quarto.
- As enfermeiras irão revistar quarto por quarto, iriam descobrir a gente em meia hora. - Katelyn explicou apressada.
Nesse mesmo instante eu paro abruptamente, e algo similar a um sorriso quase nasce em meu rosto.
- É isso ! - digo fazendo Katelyn se virar para mim, no mesmo momento em que escutamos passos ao redor.
- Eliza ! Que merda é essa, vão achar a gente. - Katelyn diz mas em circunstâncias normais ela teria gritado.
- Enfermeiras. - digo e a expressão de Katelyn se contrai em entendimento, ela assente e sei que fui compreendida por ela.
- Em cada andar tem um vestuário para os funcionários, talvez tenha algo útil lá. - ela diz em um sussurro.
Novamente ela anda me puxando pelo braço, seus movimentos são mais cuidadosos já que é possível ouvir passos e vozes não muito longe, a respiração de Katelyn é controlada e sua mão ao redor de meu pulso é firme.
- Pensou o mesmo que eu, certo ?
- Fingirmos ser enfermeiras. - Katelyn ponderou. - a porcentagem de dá errado é grande.
- Mas não temos outras opções. - digo e pela primeira vez tenho controle do meu corpo, desperto e percebo que sair dali, é tudo que importa no momento.
Passamos por uma escadaria e então entramos no vestuário, tentamos ser rápidas e silenciosas, o lugar é de uma branco doentio, tem diversos boxes de banho e percebo que estamos no lugar errado.
- É o banheiro, estamos no lugar errado. - digo o óbvio.
- Mas vai servi. - Katelyn afirma, suas mãos vão até uma barra de ferro aonde uma roupa de enfermeiro está jogada, um barulho enferrujado eclode no banheiro. - essa barra está quase solta, alguém pode se machucar.
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RIVAIS
Teen FictionEliza Travers e Thomas Stuart se odeiam. Eliza é uma garota exemplar, dona de notas excelentes e passa longe de qualquer clichê de nerd recatada, tem uma vida social admirável, e tudo seria tranquilo e até mesmo perfeito em sua...