T R I N T A O I T O

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   MEU corpo não respondia ao cérebro, eu sabia que devia ser rápida mas o máximo que consegui foi sair daquele quarto

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   MEU corpo não respondia ao cérebro, eu sabia que devia ser rápida mas o máximo que consegui foi sair daquele quarto.

- Como vamos sair daqui ? - digo baixo.

- Não é a primeira vez que venho aqui. - Katelyn suspira, mas suas mãos revelam o nervosismo escondido em sua voz. - talvez seja mais inteligente tentarmos sair pelos fundos.

- É exatamente o que eles pensam que vamos fazer.

Katelyn me fuzilou com o olhar mas ela sabia que eu estava certa, o corredor oscilava entre escuridão e uma luz avermelhada, a sirene tocava baixo mas ainda era possível ouvir, eu podia ouvir meu coração batendo de tão forte, tudo o que estava acontecendo era intenso demais, rápido demais.

- De qualquer forma, temos que sair desse corredor. - Katelyn diz me puxando pelo pulso, sabia que eu estava quase paralisada.

A acompanho e escuto o murmúrio dos pacientes dentro de seus quartos, é assustador.
Andamos apressadas, e felizmente a sirene oculta qualquer  barulho que podemos emitir, o som é tão irritante quanto a moto de Thomas, tão irritante quanto está pensando nele.

- Podíamos ter nos escondido no quarto.

- As enfermeiras irão revistar quarto por quarto, iriam descobrir a gente em meia hora. - Katelyn explicou apressada.

Nesse mesmo instante eu paro abruptamente, e algo similar a um sorriso quase nasce em meu rosto.

- É isso ! - digo fazendo Katelyn se virar para mim, no mesmo momento em que escutamos passos ao redor.

- Eliza ! Que merda é essa, vão achar a gente. - Katelyn diz mas em circunstâncias normais ela teria gritado.

- Enfermeiras. - digo e a expressão de Katelyn se contrai em entendimento, ela assente e sei que fui compreendida por ela.

- Em cada andar tem um vestuário para os funcionários, talvez tenha algo útil lá. - ela diz em um sussurro.

Novamente ela anda me puxando pelo braço, seus movimentos são mais cuidadosos já que é possível ouvir passos e vozes não muito longe, a respiração de Katelyn é controlada e sua mão ao redor de meu pulso é firme.

- Pensou o mesmo que eu, certo ?

- Fingirmos ser enfermeiras. - Katelyn ponderou. - a porcentagem de dá errado é grande.

- Mas não temos outras opções. - digo e pela primeira vez tenho controle do meu corpo, desperto e percebo que sair dali, é tudo que importa no momento.

Passamos por uma escadaria e então entramos no vestuário, tentamos ser rápidas e silenciosas, o lugar é de uma branco doentio, tem diversos boxes de banho e percebo que estamos no lugar errado.

- É o banheiro, estamos no lugar errado. - digo o óbvio.

- Mas vai servi. - Katelyn afirma, suas mãos vão até uma barra de ferro aonde uma roupa de enfermeiro está jogada, um barulho enferrujado eclode no banheiro. - essa barra está quase solta, alguém pode se machucar.

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