S E S S E N T A T R E S

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- COM quem estava falando? - Bess indagou assim que Thomas desligou a ligação

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- COM quem estava falando? - Bess indagou assim que Thomas desligou a ligação.

- Stuart - respondi fingindo estar calma.

Bess me olhou como se não soubesse quais palavras deveria dizer, como se aquilo devesse ser algo comum ao mesmo tempo que totalmente inusitado.

- Pedi para ele passar aqui - continuei - pode me emprestar um carro Bess?

  A garagem daquela mansão tinha no mínimo 10 carros, e essa sempre seria a parte que eu considero mais inútil da casa, porém a mãe de Bess é uma amante de automóveis

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  A garagem daquela mansão tinha no mínimo 10 carros, e essa sempre seria a parte que eu considero mais inútil da casa, porém a mãe de Bess é uma amante de automóveis.

- Prescisa de um carro? - Bess perguntou assim que  porta da garagem foi suspensa com um único movimento dela.

- Presciso.

Entrei na garagem com meu olhar desviando pelos carros, eu não estava surpresa, fazia muito tempo que não ficáva surpresa com as extravagâncias absurdas da elite.

- Você nem sabe dirigir - Bess argumentou cruzando os braços.

- Thomas é quem vai dirigir.

- Passaram a manhã juntos e agora o resto do dia também? - Bess brincou com um ínfimo senso de divertimento - o que querem? fazer um filho?

Revirei os olhos, meu ânimo estava se esvaindo aos poucos.

- Por essa lógica você e o Brad já deveriam estar na terceira criança.

- Por quê precisam do carro? - ela pergunta enquanto se admira no retrovisor de uma BMW.

Tentei procurar uma desculpa convincente, mas minha criatividade também estava no fim.

- Não quero mentir para você Bess - murmurei - mas também não sei se posso contar para você o motivo de eu precisar do carro.

Bess me encarou com atenção, como se cada movimento meu fosse analisado.

- Quer um carro meu, mas não quer me dizer o porquê?

Não sabia que resposta eu deveria dizer, não havia resposta boa o suficiente, não havia resposta alguma.

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