O I T E N T A C I N C O

2.2K 194 71
                                    

   - EXISTEM quartos, sabiam? - a voz inconfundível de Katelyn nos deu um susto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

   - EXISTEM quartos, sabiam? - a voz inconfundível de Katelyn nos deu um susto.

O beijo se desfez, e qualquer encanto adolescente se foi junto.

- Katelyn!

- Parece uma assombração. - Thomas resmungou, com os lábios vermelhos e a respiração levemente ofegante.

Minha irmã escutou, infelizmente.

- E vocês parecem bichos no acasalamento.

Me afastei dele repentinamente, sabendo que a vermelhidão deveria se alastrar pela minha face.

- Já estou entrando. - afirmei.

Katelyn soltou um pigarro irritado e entrou na casa, mas não antes de soltar mais uma de suas gracinhas.

- Pode convidar seu namoradinho para entrar, os Travers não mordem.

E fechou a porta.

Cruzei os braços e desejei deletar os últimos momentos.

- Ignore ela.

- Estou tentando. - Thomas devolveu, meio perplexo.

Um silêncio constrangedor ficou entre nós, entre a vontade de um novo beijo e necessidade de fugir, apenas a quietude restou.

- Quer entrar? - perguntei tentando não soar tímida.

- Já está tarde. - ele respondeu, coçando a nuca.

Mordi os lábios, sem saber como me despedi, sem querer me despedi.

- Nos vemos amanhã, não é? - questionei, precisando de uma confirmação de que nossa relação não iria sumir novamente.

Ele sorriu brevemente, e seus lábios repousaram na minha bochecha.

- Não vai se livrar de mim tão rápido Travers. - ele murmurou gentilmente.

E com meus olhos presos no dele, comecei a me despedir.

Porém Katelyn abriu a porta novamente, fixando seu olhar em Thomas, como se ele fosse uma presa pronta para o abate.

- Ele vem?

- Não. - Respondi seca.

Katelyn revirou os olhos e se encostou no batente da porta, ainda olhando para o garoto na minha frente.

- Se lembra quando a minha irmã se envolveu nos problemas da sua irmã, e salvou a sua vida algumas semanas atrás? - Katelyn relembrou friamente.

Thomas engoliu um seco, como se a memória causasse dor física.

- Perfeitamente. - Thomas falou fingindo paciência.

Katelyn sorriu, e não há melhor maneira de definir aquele sorriso além de que ele foi perigosamente estranho.

RIVAIS Onde histórias criam vida. Descubra agora