ACORDEI com minha pele ardente, ao lado da cama um espelho com a moldura dourada decorava a parede, ao encara-lo notei meu rosto visivelmente corado e entre minhas pernas sentia latejar, e todo o meu corpo estava arrepiado.
Foi o rosto de Thomas que protagonizou o sonho que me deixará tão atordoada, quase uma alucinação de tão real, meu cabelo estava levemente úmido na raiz de suor e um misto de vergonha e incompreensão dominou meu ser, passei toda minha adolescência sem ter nenhum desses sonhos e agora quando finalmente sai dessa fase infernal algo assim me acontece, tentei afastar os pensamentos e voltar a dormi mas a única coisa que ocupava minha mente eram os lábios rosados dele explorando a pele exposta do meu pescoço e suas mãos gentilmente acariciando minha cintura.
Droga !
Levantei e acendi a luz, aquele quarto mesmo sendo de hóspede ainda maior que o meu, predominante branco e não tinha mais de dois móveis, um baú vazio aos pés da cama.
Tentei pensar em qualquer outra coisa que não fosse Thomas, qualquer coisa, pensei até em Robert mas dessa vez tudo o que senti podia se resumir a nada, sentir nada pode parecer estranho, mas indiferença foi tudo que consegui pensando nele, pensei em Edu e me senti culpada, então tentei pensar em tudo que não tivesse lábios rosados e olhos cinzentos, mas como se o universo ouvisse minhas preces, o celular começou a tocar no exato momento, corri até ele que estava encima do baú e atendi antes que fizesse muito barulho.
- Alô ?! - perguntei e percebi que a minha voz estava quase desesperada, balancei a cabeça me repreendendo.
- Eliza ?
Ah não, não...
- Ela m-mesma. - digo engolindo o seco, levei minha mão até meu rosto como se eu pudesse esconder a bochechas vermelhas como uma maçã madura.
- Espero não ter de acordado, mas aconteceu algo... inusitado. - A voz tensa de Thomas me deixava ansiosa, como se fosse pega fazendo algo errado.
Ele não foi o único que sofreu com um acontecimento "inusitado"
- Thomas ? Você tá me ligando as duas da manhã, que merda. - levanto da cama e começo a andar como se aquilo aliviasse o sentimento estranho de estar em ligação com Stuart. - Quem te deu o meu número ?
- Vejo que seu humor está melhor que nunca. - ele diz tentando se divertido mas o tom de sua voz o denuncia da tentativa falha. - Foi a sua amiga, a Holly.
Parei no meio do quarto pensativa, pensando em como raios Holly tinha o número de Thomas, ela andava com membros do Liverpool a única exigência era não se misturar tanto com os Derby, é principalmente um que carregasse o sobrenome Stuart.
- Como tem o número dela ? Ela é intercambista, não deve ter mais de seis meses no colégio.
- Digamos que ela é alguém... bastante amigável e receptiva. - ele prossegui o. - Agora, você quer um explicação de cada número que eu tenho gravado no celular ?
VOCÊ ESTÁ LENDO
RIVAIS
Teen FictionEliza Travers e Thomas Stuart se odeiam. Eliza é uma garota exemplar, dona de notas excelentes e passa longe de qualquer clichê de nerd recatada, tem uma vida social admirável, e tudo seria tranquilo e até mesmo perfeito em sua...