A noite já havia chegado, a casa já adormecia até mesmo Katelyn resolverá passar a noite em casa.
Fecho as cortinas e desisto de esperar Thomas, já eram meia-noite ele não seria maluco de buscar sua jaqueta nesse horário.Retiro meu roupão cinza e o coloco ao lado, ficando apenas com uma camisola verde escura que chegava ao meio das cochas.
Preparo minha cama silenciosamente para não acorda ninguém na casa mas quase solto um grito ao ouvir uma batida na minha porta.- Caramba ! Que susto Eduardo. - Digo eufórica.
- Desculpa, tentei ser sutil ao máximo. - Edu disse tímido, seus cachos loiros levemente molhados e seu rosto corado.
- Ok ok, o que foi? - Pergunto.
- Tem alguém no nosso sótão.
Congelo por alguns segundos, não tinha ouvido ninguém no telhado e a ideia de ser algum bandido me assusta, mas não preciso pensar muito para saber quem está lá.
- Tem certeza ? - Digo colocando o roupão novamente.
- Ouvi alguém pulando, a janela da entrada é bem acima do meu quarto, sei que tem alguém lá.
- Já viu se a...- Digo mas ele me interrompe.
- Katelyn está dormindo no quarto dela, pelos céus não está escutando o ronco dela ?
- Pensei que fosse o Henry roncando, mas o ronco deles é parecido. - Digo dando ombros. - Vá para a cama, não acorde ninguém e deixa que eu resolvo tudo.
- Mas Lizzie...- Dessa vez eu o interrompo.
- Edu, não é nada sério se for eu grito ou algo do tipo, confie em mim.
Pego a jaqueta de Thomas em cima da penteadeira e depósito um beijo na testa de Edu, então ele volta ao seu quarto.
Chego ao sótão, não a ninguém lá.
A luz que entra da janela exibi meus sapatos vermelhos, olho para a janela e a um bilhete.
Deixe trancada da próxima vez.
Solto um xingamento baixinho e pego meus saltos, seguro a jaqueta e não sei o que fazer com aquilo, deixar ali e esperar que ele venha buscar ? Estava farta daquilo, Thomas iria continuar brincando comigo, pego a escada e a posiciono perto a janela e subo nela, saio pela janela e o ar frio me atinge.
-Stuart. - Digo gritando rouca.
Thomas estava abrindo a janela do seu telhado no momento, se eu tivesse demorado um pouco mais não teria conseguido encontrá-lo.
- Travers ? - Thomas diz se virando em minha direção. - Volte para dentro.
Ignoro seu comentário e tento ficar em pé, consigo com êxito.
- Sua jaqueta, venha buscar.
Thomas suspira alto e vem até a mim, ele é habilidoso andando descalço sobre o telhado, ele se aproxima e estende sua mão.
Estendo sua jaqueta em sua direção, mas um arrepio eletrizante passa por nossos corpos assim que escutamos o disparo de um tiro.Outro tiro
Um grito estridente
- O que foi isso ? - Pergunto me segurando para não desequilibrar.
- Maldição. - Thomas resmunga. - Volte Eliza, verei o que é.
- Sozinho ?
- Preocupada comigo ? - Thomas tenta ser engraçado mas seu semblante mostra preocupação.
- Vou com você, vamos ande. - Digo com certeza.
- Eliza, melhor voltar. - Thomas diz me segurando.
- Alguém pode ter se ferido, não me questione. - Digo retirando suas mãos de mim cuidadosamente para não fazer um de nós despencar daquela altura.
- Vá para sua casa, me espere lá fora, vou pegar a Harley.
- Certo. - Digo me voltando para a pequena janela.
O tiro tinha vindo do norte, Thomas desacelerou a moto ao adentrar a floresta.
Eu havia rapidamente trocado de roupa, uma calça jeans e um casaco de lã verde, o cabelo se mantinha preso a um coque.
- Escutou ? - Thomas pergunta desligando a moto, o farol se apaga e a escuridão da floresta nos abraça.
- Não. - Sussurro.
Thomas coloca seu dedo sobre meus lábios indicando silêncio, não demora muito para que eu também escute.
Gemidos de dor silenciosos.- Por aqui. - Digo descendo da moto, Thomas me segue.
Andamos até o o som ficasse mais nítido, ficamos juntos quase todo o trajeto com medo de nós perdemos, o celular de Thomas era nossa lanterna enquanto eu memoriza o caminho até sua moto.
Não demorou muito até nos depararmos com a origem dos gemidos.
Sangue é uma garota pálida.
Thomas recua um pouco e sua mão desliza pelo meu braço com um pedido para que eu não me aproximasse.
- June...- Sussurro, e tenho certeza que todo o oxigênio sumiu dos meus pulmões quando encarei seu cabelo colorido, manchado pelo seu próprio sangue.
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RIVAIS
Teen FictionEliza Travers e Thomas Stuart se odeiam. Eliza é uma garota exemplar, dona de notas excelentes e passa longe de qualquer clichê de nerd recatada, tem uma vida social admirável, e tudo seria tranquilo e até mesmo perfeito em sua...