S E T E N T A N O V E

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A porta se abriu, e o medo entrou naquela casa

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A porta se abriu, e o medo entrou naquela casa.

Henry encarou Eda, aquele olhar tão mortal que poderia colocar o mundo em chamas.

- Elas chegaram. - Edu murmurou, com a voz embargada - está tudo bem agora.

Não, não está, tenho vontade de dizer, tudo acabou de piorar drasticamente.

- Querido, vá lá para cima. - Eda pediu no momento em que entrou na casa, logo atrás dela Katelyn se aproximava.

A tensão no local era sufocante, e toda a atenção de Eda era para meu irmão, ela temia por ele, e só por ele.

- Está tudo bem, não está? - ele perguntou, com temor enchendo seu corpo e transbordando no olhar, ninguém respondeu - pai?

Henry o encarou como se finalmente lembrasse que era um pai, e apenas disse.

- Obedeça ela.

Edu assentiu.

- O que fez com ela? - Katelyn questionou autoritária assim que chegou, fechando a porta, e obviamente minha irmã não conseguia ignorar nada .

Ela notou minha expressão atordoada, e provavelmente a vermelhidão em meu rosto era o suficiente para que ela entendesse o que tinha acontecido.

Henry já tinha me soltado, mas a dor do tapa ainda reverberava por toda a extensão do meu rosto, pela cara de Katelyn posso imaginar o horror em que minha face se encontra.

Então Edu me lançou um olhar, paralisado.

Desvio o olhar, odiava que meu irmão me visse daquela forma, que sua infância fosse afetada por toda aquela situação desprezível, que ele não conseguisse uma vida normal.

- Estou bem. - sussurrei, me afastando de Henry e meus pulmões novamente se enchem de ar.
  
Katelyn levou um olhar para Henry, cheio de nojo e desprezo, a prova de que ambos eram parentes, pois Henry tinha o mesmo olhar.

- Que merda fez com ela? - ela rugiu, indo na direção dele com tanta determinação que quase temi por Henry.

A segurei pelo pulso antes que ela fizesse alguma besteira.

- Esquece isso Katelyn. - pedi de forma humilhante.

Mas ela não esquecia nada.

Me encarou, um erro, analisando meu rosto com cautela.

- Ele te bateu? - nem ela mesmo acreditou no que disse.

Eu também não acreditava, por isso não respondi, e nem foi necessário.

- Vocês causaram isso. - Henry admitiu, sem remorso ou mágoa.

Eda se manteve em um silêncio mórbido, como se refletisse as consequências de suas ações e se estava disposta a pagar o preço que elas exigiam.

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