Pass me that lovely little gun

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Boa leitura!

2 — Pass me that lovely little gun

De acordo com a teoria do caos, uma alteração mínima das condições iniciais altera todo o curso dos resultados. Esse fenômeno é conhecido por efeito borboleta, onde popularmente acredita-se que o bater de asas do pequeno inseto, no momento certo e no lugar certo, poderia ser responsável por um tufão do outro lado do mundo.

Harry Pov

Ainda me sentia muito agitado quando desmontei da vassoura, olhando ao redor de forma perdida, sentindo um pânico desconhecido tomar todo o meu corpo.

Porque ali estava ela. A cobra, a caveira, no céu. Em Hogwarts.

Conhecia a marca, sabia que ela surgia nos piores momentos.

Estava prestes a perguntar a Dumbledore o que estava acontecendo, quando ele urgentemente pediu para que eu fosse chamar Snape.

No momento relutei, porque não sabia o que ele poderia fazer, mas Dumbledore parecia inflexível, de forma que apenas pude assentir e guardar para mim qualquer reclamação sobre não achar Snape ser uma boa opção.

É claro que mal tive tempo para pensar sobre, uma vez que antes que desse qualquer passo, pude ouvir um grande tumulto ao redor, que indicava alguém vindo correndo pelas escadas, em direção a torre de astronomia, onde estávamos.

Imediatamente, puxei a varinha, vendo Dumbledore fazer um gesto para que eu recuasse, e obedeci ao ver em seu olhar a ordem direta.

Ele me fez prometer obedecê-lo, e eu consegui ver em seu olhar que esse desejo continuava até o momento.

Apenas coloquei a capa da invisibilidade rapidamente, e no segundo seguinte apenas pude ouvir a porta se escancarar sonoramente, de forma brusca.

– Expelliarmus! – Foi fácil reconhecer o grito de Draco Malfoy, mas ao mesmo tempo, me vi impedido de fazer qualquer coisa ao perceber que não consegui me mover ou falar.

Girei os olhos, vendo que instantes antes de ser desarmado, Dumbledore provavelmente havia me imobilizado silenciosamente, e esse movimento lhe custou a chance de se defender.

Voltei a olhar para Draco, que parecia extremamente agitado, olhando ao redor de forma ansiosa.

Ele vinha se demonstrando, durante todo o ano, estar cada vez mais diferente daquele garoto esnobe e aristocrático.

Estava muito mais pálido e magro, e isso nem era o mais importante.

Draco estava distante de tudo e de todos.

Até mesmo de mim.

E todos sabiam o quanto ele adorava me infernizar.

– Quem mais está aqui? – Bradou alto, caminhando de forma perdida e tudo o que eu conseguia pensar era 'eu sabia!'

Eu realmente estava certo.

Draco Malfoy, como eu falei exaustivamente para todos ao meu redor, estava aprontando algo.

– Eu poderia lhe perguntar a mesma coisa? – Dumbledore ainda parecia muito calmo ao responder, sem parecer preocupado pela falta da varinha.

– Ouvi vozes – Draco insistiu, e Dumbledore negou com a cabeça;

– Conversava comigo mesmo – Ele respondeu ainda naquela calma que estava me dando nos nervos, e ver Draco Malfoy se aproximar em passos rápidos apenas me fez ficar agitado por dentro, porque nada daquilo soava certo.

Porque Dumbledore não estava fazendo algo? O imobilizando? O estuporando?

– O que eu faço agora? – Eu jamais esperaria ouvir ele dizer isso.

Efeito Borboleta || DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora