Efeito Borboleta || DRARRY

With all my friends

Happy kashiweek day!

Boa leitura!

24 — With all my friends

Harry POV

Aquele dia estava soando... diferente.

Não sabia dizer exatamente a razão para estar com essa impressão muito forte, mas não conseguia evitar notar que a relação de todos parecia ter mudado.

Eu ainda estava processando tudo o que aconteceu durante a noite.

Meu desentendimento com Hermione, o olhar dela cheio de pena, seus atos que deixaram claro que não conseguíamos mais conviver...

Cada um desses pequenos motivos, pareciam ser a razão que havia me empurrado diretamente pra os braços de Draco.

Fazia muito tempo que eu não era reconfortado em um abraço tão firme quanto o que ele me deu ontem, oferecendo toda a segurança que eu estava precisando.

Havia sido algo tão instintivo, que até agora eu não tinha entendido de onde havia tirado aquela ideia insana de abraçar Draco.

De qualquer forma, ele não agiu como se fosse estranho. Muito pelo contrário.

Havia mantido os braços ao meu redor durante a noite inteira, me deixando dormir em seu ombro, com os dedos se movendo no meu cabelo para me reconfortar.

E por mais estranho, isso não havia sido a coisa mais íntima da noite.

E sim a promessa que ele havia feito, de não ir embora. De ficar comigo até o final.

Aquilo era o que estava me deixando desconcertado, porque quando pedi para ele prometer, eu não estava pensando. Só estava pedindo por algo que eu queria e precisava, totalmente impulsivo e sem pensar.

Eu nunca teria coragem de pedir algo do tipo para Ron ou Hermione.

Para que prometessem ficar.

Na maior parte do tempo, eu nem sabia por que já não haviam partido, afinal viver comigo era um modo muito pratico de atrair todo tipo de tragédia e morte.

Mas... era diferente sobre Draco.

Eu sentia que não precisava ter esses receios com ele. Não precisava pensar sobre como as tragédias iriam afetar ele, porque ele as entendia de uma forma diferente. Não sabia se era por não sermos amigos há anos, ou se era porque ele exalava aquela energia diferente.

De alguém que estava ali para proteger. Era assim que eu via Draco na maior parte do tempo.

Ou seja, na manhã seguinte eu estava cheio de pensamentos na minha mente, um mais confuso do que o outro.

Pouco antes de ir dormir, sem que nada precisasse ser dito, Draco havia me seguido até a minha cama, se ajoelhando no chão ao meu lado, e passou um pouco daquela pasta de ervas sobre minha cicatriz.

No geral, eu havia aprendido a disfarçar bem a dor.

Mas ele sempre parecia saber, sem que eu pedisse ou dissesse.

Eu dormi, como todos os dias, deitado em uma ponta, olhando para o rosto dele, e foi a primeira vez que eu percebi que queria estar mais perto.

Era infinitamente mais fácil dormir todo torto com a cabeça no ombro dele, do que dormir com a cabeça pousada no travesseiro envolto de cobertores.

Eu queria mesmo deitar ao lado dele para dormir, e não conseguia achar isso estranho.

Esses pensamentos estavam ficando frequentes na minha mente. Sobre Draco. Sobre nossa amizade estranhamente íntima.