Hey little train, wait for me

9.4K 1.1K 3.1K
                                    

BOM DIA!

Att decisiva de EB!

Nos vemos nas notas finais!

57 — Hey little train, wait for me

Harry POV

Eu sentia um turbilhão atordoante de sensações conforme tentava me situar com tudo o que tinha descoberto.

Sobre as horcruxes, sobre Voldemort, sobre mim.

Eu, Harry.

O senhor da Morte.

Retornando outra vez, pelo amor de minha mãe. Pelo seu sacrifício.

Era uma sensação inquietante, enquanto meus ouvidos zumbiam de forma atordoante e eu tentava me encontrar, apurando os sentidos para descobrir o que estava acontecendo ao redor sem precisar abrir os olhos.

— O garoto... está morto?

Um silêncio percorreu a clareira, e eu soube que todos estavam olhando para mim, enquanto eu sentia medo de me trair, tentando pensar no que poderia fazer para escapar daquela situação sem me tornar um alvo óbvio.

— Você. Examine-o. Me diga se está morto.

Tudo iria ruir em breve, e eu não sabia quem ele mandou verificar. Meu coração agora batia depressa, enquanto tudo o que pensava era que eu não podia morrer de novo.

Não agora.

Eu senti uma mão agarrar meus ombros de forma muito mais leve do pensei, me virando para tocar sob minha camisa, sentindo o coração batendo acelerado.

A mão livre havia seguido diretamente para meu pulso, girando-o e então eu soube imediatamente quem era quando percebi que o gesto era para localizar meus dedos. Procurando por algo neles.

Narcisa deslizou o polegar pelo meu anel em reconhecimento, e eu senti ela se inclinar ainda mais na minha direção, sua respiração cortada.

— Ele está vivo? — O sussurro foi tão baixo, quase suspirado entre as palavras, que eu quase senti vontade de abrir os olhos, de me levantar e correr.

— Está — Eu pude apenas dizer de volta, me agarrando aos sons das minhas palavras da mesma forma que ela.

Ele tinha que estar vivo.

Eu tinha feito de tudo ao meu alcance para protegê-lo de tudo, inclusive de mim mesmo.

Quando Voldemort ergueu a varinha para mim, e gritou a maldição da morte, eu lembrava que meu último pensamento foi Draco.

Eu esperava que minha vida girasse diante de meus olhos, como todos diziam que deveria acontecer, e não estava nenhum pouco ansioso para isso. Ver todas as minhas desgraças, assistir todas as minhas dores.

Mas surpreendentemente, quando estava prestes a morrer, a última coisa que vi foi Draco me olhando, em um dos dias que estávamos na floresta lado a lado, e eu deitei a cabeça em seu ombro.

Ele não dizia nada. Apenas me olhava cheio de carinho, com as pupilas dilatadas e um meio sorriso brincando em seus lábios. Os cabelos loiros se moviam com o vento, e havia uma porção de significados naquele instante tão precioso.

Eu precisava sobreviver a Voldemort, porque havia uma nova batalha em meu horizonte.

Tinha que desfazer os feitiços de memória de Draco. Tinha que recuperar ele. Tinha que...

— Está morto! — Narcisa anunciou, e eu senti uma onda de conforto enorme.

Ela sabia que a única maneira de voltarmos para a escola, para procurarmos por ele, era se os vencedores caminhassem para dentro.

Efeito Borboleta || DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora