The train that goes to the kingdom

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Boa leitura!

54 — The train that goes to the kingdom

Harry POV

— Harry!

— Agora não, Luna! — Gritei, subindo apressado pela escadaria, meus dedos enroscados no de Draco enquanto seguíamos desesperados.

— Mas Harry! — Ela corria gritando atrás de mim, mas eu não me virei, apenas me apressei em correr o mais depressa que conseguia, Draco quase me arrastando escadaria acima ao saltar de três em três degraus.

— HARRY POTTER! Você vai me ouvir agora! — Sua voz ecoou em meio ao tumulto, e isso me fez virar, pois jamais havia visto ela erguer o tom de voz daquela maneira.

— Não percebe? Ninguém vivo jamais viu o diadema. Temos que...

— A dama cinzenta — Draco disse, piscando surpreso, e ela assentiu — Harry, a dama cinzenta! — Ele exclamou, intercalando os olhares entre eu e Luna, e ela riu, enquanto eu os encarava sem entender.

— O que?

— Ela é o fantasma da Corvinal — Luna explicou, e eu continuei lhe olhando, desconfiado.

— Ela é Helena Ravenclaw. Filha da Rowena. Que era a dona do diadema. Se alguém tem qualquer pista, é ela! — Draco disse exasperado, se virando para Luna — Você é genial! Genial!

Ela sorriu, parecendo muito contente, fazendo um gesto para lhe seguirmos, então Draco me puxou pela mão naquela direção, e eu apenas me deixei ser arrastado, um tanto confuso.

Assim que chegamos a um corredor longo, pudemos notar ela congelada na frente de uma janela, observando as proteções serem erguidas, quase como se estivesse congelada ali.

— Vão vocês. Vou... vou ajudar o pessoal — Luna disse baixinho, e eu assenti, me sentindo agitado e nervoso com a possibilidade de Helena saber nos dizer onde poderia estar o diadema.

Não foi fácil, é claro. Ela não parecia querer colaborar com absolutamente nada, seu olhar vagando desconfiado entre nós dois cheio de receio.

Eu poderia tentar lhe convencer, lhe explicar que Voldemort havia impregnado o diadema de magia perversa... Mas Draco era mais prático.

Deu um de seus clássicos chiliques, com direito a alguns gritos, e por fim ela cedeu, de forma absolutamente patética.

— Está no castelo, onde tudo se esconde. Se precisar perguntar, jamais saberá. Se souber, só precisará pedir — Murmurou, e eu pisquei atordoado, me virando para Draco, que tinha os olhos igualmente arregalados.

— Obrigado! Obrigado! — Berrei, agarrando a mão dele, e tornamos a correr muito depressa, sem precisar dizer para onde estávamos indo.

Lembrei remotamente de Voldemort, certo de si ao pensar que jamais alguém havia penetrado tão profundamente os segredos de Hogwarts, outra prova do quão mente fechada ele conseguia ser.

Avançando entre as escadas, notamos que a situação parecia ter piorado muito depressa. As paredes sacudiam com muita força, e estrondos podiam ser ouvidos de longe, enquanto uma nuvem cinza de poeira se dissipava pelo ar.

Meu coração batia muito depressa, e eu me virei para Draco por um instante, estranhando a expressão no seu rosto.

Já havíamos enfrentado situações muito piores, mas... o olhar ali era diferente.

Era um olhar de derrota. Um olhar de quem estava aceitando que estava perdendo, e isso me deixou confuso.

— Vamos ficar bem. Todos aqui vão ajudar na luta, vamos conseguir — Afirmei, e ele me encarou por um instante, os olhos azuis brilhando por uma camada de lágrimas contidas.

Efeito Borboleta || DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora