They're hip to it, man

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Boa leitura!

38 — They're hip to it, man

Harry POV

Eu não sabia ao certo como meus amigos iriam processar toda aquela confusão que eu estava sobre o que deveríamos fazer.

Mas após ler o livro sobre a vida de Dumbledore, eu estava cheio de pensamentos sobre quem ele foi, e como nunca se atreveu a me falar sobre tudo aquilo que havia acontecido.

Enquanto me empurrava para cumprir profecias, ele jamais havia entrado em detalhes sobre quaisquer coisas. Sobre morar em Godrics Hollow, sobre Grindelwald, sobre parecer muito gay e todas as outras coisas que tínhamos em comum.

Eu poderia ter entendido melhor. Poderia não querer julgá-lo, se fosse ele a me contar.

Mas agora não havia como descobrir a verdade, e aquilo mudava muito todas as memórias que tinha com o diretor, porque já não sabia como continuar confiando nele, no que me deixou para fazer.

— Precisamos conversar — Anunciei, vendo Ronald e Hermione sentados na cozinha, se ignorando.

Draco veio no meu encalço, sentando em uma das cadeiras, e eu permaneci em pé, nervoso sobre a reação de cada um.

Seria a primeira vez que estaríamos todos juntos, bolando estratégias ao mesmo tempo. Nós quatro, com Draco ali ao meu lado.

— O que houve, Harry? — Hermione perguntou, mas seus olhos voaram para o livro que pousei sobre a mesa, e Draco se adiantou, puxando de volta quando ela ameaçou pegar.

Infelizmente, depois de muitos beijos enquanto fazíamos a leitura, Draco havia conseguido me convencer de falar primeiro, e deixar ela ler depois.

Isso me fez perceber que precisava ficar longe do colo dele quando estivesse tomando decisões, porque ele era sonserino e bonito demais para meu próprio bem.

— Eu quero ver Xenofílio Lovegood — Anunciei, vendo Hermione erguer os olhos para mim.

— O pai da Luna? — Ron perguntou, e eu assenti, vendo um silêncio estranho se formar na mesa.

— Quero perguntar a ele o que significa o símbolo, que aparece no livro.

— Harry, eu acho que...

Hermione foi interrompida quando Draco bateu a mão na mesa com força, nos fazendo virar para ele.

— Porque é que você não pode ficar quieta? — Ele ralhou, se erguendo da cadeira — Porque sempre tem que achar coisas ou reclamar? Vocês dois? Depois dessa bagunça que foram as partidas e retornos, deveria ter ficado claro que toda vez que começam a ir para pontos e achismos diferentes, tudo vira uma bagunça!

— Eu só estava tentando dizer que...

— É? Mas ele nem terminou de falar, e você já interrompeu com o que você acha ou deixa de achar. Vocês o conhecem melhor do que ninguém, deveriam saber que a vida inteira ninguém deixa ele falar porcaria nenhuma! — Tornou a bater a mão na mesa, muito irritado, e eu me virei para ele, surpreso.

— Draco, não precisa de tudo isso — Garanti, vendo ele negar com a cabeça.

— Eu sempre deixo Harry falar — Ronald disse baixo, e Draco virou para ele, com os olhos furiosos.

— E você costuma dar suporte para as ideias dele, ou as de Hermione?

Ronald se calou, erguendo os olhos para mim, e eu suspirei.

— Draco, para com isso. Não precisa atacar ninguém — Insisti, vendo ele suspirar, sentando de volta, mas visivelmente contrariado.

— Quer saber? Deixa ele falar — Ronald disse, suspirando — Acho que deveríamos colocar tudo em panos limpos. Vamos, Malfoy, dê seu chilique!

Efeito Borboleta || DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora