Here comes Frank and poor old Jim

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Boa leitura!

22 — Here comes Frank and poor old Jim

Harry POV

Desde o momento em que eu percebi que confiava em Draco, as coisas mudaram de uma forma absurda para mim.

Havia passado a tentar evitar conflitos com Ronald ainda mais, e parado de retrucar as ofensas e porcarias que ele dizia, frequentemente o deixando falando sozinho.

Ao mesmo tempo, a cada dia que passava, estava muito mais perto de Draco, e isso ficou claro conforme os dias corriam e cada noite eu contava a ele um pouco mais da história do eleito.

Algumas noites falava muito mais do que as outras, porque ao contar, eu percebia coisas que nunca havia notado, como minha mágoa com praticamente todos os adultos ao meu redor, e Dumbledore.

Eu jamais tinha notado que o culpava por meus maus tratos na infância, até ter dito isso para Draco, em um momento espontâneo.

Mas era verdade. Ele ter me deixado com os Dursleys, sem nunca ir checar se eu estava bem me fazia achar que ele era muito culpado por coisas que eu não deveria ter enfrentado quando criança, e perceber isso foi algo bom.

Draco ouvia tudo, e sempre parecia interessado.

Ele havia demonstrado surpresa ao ouvir alguns detalhes sobre minha vida, quase como se não conseguisse imaginar que uma criança poderia passar pelas coisas que eu vivi, e como descobrir ser um bruxo havia me salvado de uma forma que fez diferença.

Isso provavelmente mudou muita coisa no ponto de vista dele, e eu achei que foi um momento legal entre nós quando eu me permiti ser sincero e dizer o quanto o achei totalmente ridículo, babaca e idiota quando nos conhecemos.

Ele foi igualmente sincero ao dizer que havia se decepcionado muitíssimo comigo, porque eu era um garoto sem graça, diferente do que ele esperava. Draco sempre achou que iríamos lutar pela fama na escola, e jamais pensou que eu poderia ser o garoto que queria fugir dela.

Havia algo de divertido e estranho em contar tanto da minha vida para alguém como Draco, que vinha de uma realidade extremamente diferente e privilegiada.

Isso havia estreitado os laços entre nós, porque ao mesmo tempo em que nos acostumamos a conversar sobre isso, também havia se tornado um costume dormir no ombro dele enquanto estávamos na vigia, e depois, dormir encarando ele quando estávamos nas beliches.

Então foi impossível deixar de perceber, em algum momento, que eu achava mesmo que ele tinha olhos bonitos.

Não era apenas um pensamento que ele empurrava na minha mente às vezes.

Eu concordava com isso, porque soava real.

E perceber isso não me incomodou.

Então eu decidi que estava na hora de enfrentar um dos meus piores medos, e me forcei a seguir na direção de Draco em uma manhã, para ver se havia superado aquele pavor estranho.

Ronald estava há alguns passos de distancia, juntando lenha e Hermione estava sentada no chão, lendo distraída.

Draco estava quase oculto pelas árvores, mas eu podia vê-lo de longe, muito concentrado ao subir e descer o corpo, com os braços estendidos para cima, agarrados em um tronco pesado de árvore, que parecia enfeitiçado a certa altura, provavelmente para não cair.

Esses eram os únicos momentos em que podia-se ver mais de Draco, porque ele usava regata para os exercícios.

Ele tinha a pele bem uniforme, sem marcas de sol ou qualquer coisa do tipo. Era muito claro, e a regata escura abraçava muito bem seu peitoral, de forma que embora não estivesse perto o suficiente, pudesse supor que ele tinha os músculos bem trabalhados.

Efeito Borboleta || DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora