Escrevi esse escutando O Children, então acho que seria divertido se escutassem ao ler também!
Boa leitura?
56 — And the train ain't even left the stationHarry POV
A cada degrau que eu subia da escadaria de Hogwarts, eu sentia um peso se afundando no meu coração, muito cruel e doloroso.
Deixar Draco, não virar e correr para seus braços era um ato de provação.
A cada degrau eu sentia que era mais capaz de derrotar Voldemort, como se a dor que Draco sentisse fosse meu combustível.
Eu não poderia quebrar ele por nada. Não poderia estar causando tanta dor, por nada.
Quando finalmente cheguei à frente do escritório de Dumbledore e a gárgula que guardava o lugar pediu a senha, eu vagamente lembrava de ter dito 'Dumbledore', porque por alguma razão era a primeira coisa que se passou por minha mente.
O escritório parecia deserto. Os quadros estavam vazios, e provavelmente os diretores que deveriam estar ali haviam fugido para outra moldura. Se esconder, ou talvez ver melhor os reflexos da guerra acontecendo por toda parte.
Foi um pouco atordoante ver que o quadro de Dumbledore também estava vazio, e isso me arrancou um suspiro exausto.
Por uma fração de segundo, eu pensei no que diria se ele estivesse ali, e me sufocou perceber que havia uma pergunta correndo por minha mente.
O que aconteceria com todos se eu morresse?
Era algo arranhando por trás dos meus olhos, e esse pensamento era tão doloroso, que eu o empurrei para longe enquanto pegava a penseira de Dumbledore, pousando sobre a escrivaninha, respirando fundo enquanto despejava as lembranças de Snape ali.
Ainda era estranho saber que ele voluntariamente tinha algo ali para mostrar para mim, Harry. E pensar nisso deixava aquela bizarra sensação de que havia alguma coisa escapando de mim.
Algo que Draco deveria saber, porque o pânico no olhar dele desde o instante em que peguei aquele frasco não era fácil de disfarçar.
Quando eu mergulhei diretamente nas memórias dele, foi um prazer bem vindo estar fora de minha mente, fora dos meus pensamentos girando ao redor do que eu faria dali em diante.
Sufocando meu próprio medo, eu senti como se todo o universo cambaleasse quando vi minha mãe, tão nítida naquela memória como se fosse gravada a ferro em brasa.
Eu não deixei nenhum sinal de medo ou pânico vir para cima de mim quando caminhei entre as lembranças. Um compilado de momentos importantes para ele.
Foi estranho assistir meu pai ali naquela memória, já ao lado de Sirius no trem. Reforçava aquela ideia de que a maioria das pessoas se quer conseguia lembrar um do outro se não estivessem juntos.
Qualquer pessoa que eu já tenha visto que conheceu meu pai, tinha algo a dizer sobre ele e Sirius, como dois lados de uma mesma moeda.
Isso me fez sorrir, mesmo que ambos demonstrassem ser dois idiotas naquelas memórias.
Eu havia sentido raiva quando soube da história deles, quando vi pela primeira vez eles por trás de uma memória tão antiga de Snape. O fato de serem jovens não justificava nada que fizeram.
Ainda assim, eu não achava que deveria julgá-los por seus piores crimes, e sim pelas atitudes que tomaram depois deles.
Remus havia me contado como meu pai percebeu que seu comportamento pouco o diferia daqueles que odiava. Gradual, lenta e conscientemente, a maneira como Voldemort estava reunindo pessoas terríveis para serem seus comensais, fizeram com que ele caísse em si, arrastando Sirius junto para um ato de consciência.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Efeito Borboleta || DRARRY
FanfictionDe acordo com a Teoria do Caos, Um pequeno detalhe pode mudar toda a história. E é por isso que quando Draco Malfoy escolheu lutar pelo lado da luz, sua ação desencadeou uma sequencias de reações, que o trouxeram diretamente para meus braços. Como o...