O children

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Eu acho que vão gostar da att de hoje!

rs

Boa leitura!


33 — O children

Harry POV

Eu estava uma verdadeira bagunça quando acordei após instantes desmaiado em delírios, depois da mordida de Nagini.

Eu sentia dor. Sentia medo.

Sentia pavor.

Lembrava levemente do que presenciei enquanto desmaiado.

Da lembrança com minha mãe morta, de mim mesmo chorando no berço.

De Sirius passando pelo véu.

De não ver meu pai em parte alguma.

Tudo aquilo havia sido demais, depois de ir ao túmulo.

De ver a prova incontestável de que eles viveram, e também morreram. De que estiveram ali, mas agora não estavam.

Eu agradeci por ser Draco comigo, porque não sabia que iria doer tanto visitar o túmulo.

E também jamais pensei que veria uma prova de que Sirius esteve ali.

'Um bom Prongs'.

Foi como sentir a morte dele de novo, com um poder de dor tão gigantesco que se não fosse Draco, talvez agora eu estivesse lá, jogado sobre o túmulo, encolhido na neve.

Naquele instante, eu percebi que talvez estivesse exigindo demais de Draco.

Ele estava ao meu lado, estava cuidando de mim. Não me abandonou, e se preocupava o tempo todo comigo.

Eu não sentia que estava retribuindo como deveria.

Enquanto ele me fazia dançar na frente da estátua, no meio da neve na noite de natal, eu percebi que queria ser egoísta pela primeira vez na minha vida e me colocar em primeiro plano.

Só... queria por um segundo esquecer quem eu era, e me tornar quem eu gostaria de ser.

Queria beijar ele, sem me preocupar com os reflexos de cada mínima ação minha durante a guerra, sem pensar na pressão de todos ao redor.

Quando acordei, ciente de que ele havia invadido minhamente, eunão quis dizer que a dor que ele me fez sentir foi horrível.

Os olhos azuis pareciam totalmente alarmados e preocupados, enquanto ele fazia carinho no meu cabelo e tagarelava compulsivamente, como quando estava ansioso.

Me lembrei de como tudo aquilo começou. De nós dois conversando após ele ser interrogado com poção da verdade. Tagarelando de ansiedade.

Ele estava muito pior agora, porque não era apenas preocupação.

Havia um tipo de carinho, de afeto. Os olhos dele não negavam isso por nenhum segundo.

Eu achava que Voldemort não se arriscaria a ler meus pensamentos, porque isso causava uma dor muito maior nele do que em mim. Mas ele o fez.

Talvez movido pela raiva de me deixar escapar por poucos segundos de diferença, mas eu senti a força maligna dele se embrenhando para tentar forçar minha mente.

Eu sabia que não tinha forças para lutar contra isso. Não depois das memórias emotivos, não depois de Draco ter derrubado a barreira.

Então naquele instante, eu fiz a única coisa que queria.

Não houve duvida, medo ou receio.

Eu apenas ergui os braços, passando-os ao redor do pescoço de Draco, e o puxei para mim, erguendo o pescoço para chocar nossos lábios, sentindo a forma como ele soltou um ofego baixinho.

Efeito Borboleta || DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora