SOLANGELO NOSSO DE CADA DIA!!

Como desejar, majestade.

Antes de começar, avisos do capítulo: vai ter hot, mpreg e se passa numa idade média meio Nutella ok? Bora!

Nico narrando

Entro no salão do trono do reino de Érebo, reino esse onde sou o príncipe herdeiro. Acabo de retornar de uma guerra, onde fui comandante e pude provar meu potencial (depois de muito discutir com meu pai). Como eu tenho a capacidade de engravidar, sou um homem menos favorecido pela sociedade, mas depois da 3⁰ vitória consecutiva em comando (não apenas em batalha), eu espero que mais alguns desses retardados calem a boca. Meu pai, Hades, está com sua tão comum pose de "você jamais saberá como vou te matar até que você já esteja morto”, mas ele não me engana, posso ver o brilho de alívio em seus olhos. Eu sei, meu pai e eu não nos damos muito bem, mas mesmo assim, nos amamos e nos preocupamos um com o outro. Fiz a porcaria da reverência (que bem que poderia não ser necessária enquanto se está usando armadura), e narrei a guerra a partir do meu ponto de vista, como é da tradição, enquanto o escriba sênior anotava meu feito pra pôr na história, ou sei lá, tanto faz! Ao terminar o blá blá blá, meu pai suspirou.

H:- é ótimo vê-lo vivo e bem, meu filho, e o reino é agradecido por suas bravura, coragem, inteligência, força e honra. Esta noite, honraremos os falecidos e comemoraremos a vitória. Estão todos dispensados por hora.

Fiz outra reverência (que saco!) e segui ansioso pelos corredores de pedra do castelo, procurando pelo quarto de alguém especial. Quando o conheci, em meio a tantos outros pretendentes, não prestei muita atenção nele, porém, diferente dos outros, ele conquistou meu coração ao invés de tentar a minha mão. Depois de dois noivados fracassados, eu finalmente achei o homem certo.

No meio do caminho para seu quarto, me lembrei que estava com alguns arranhões, curativos, sujo, fedorento e ainda usava minha armadura. Revirei os olhos e segui para o meu próprio quarto... Do outro lado do castelo, que tem quilômetros de extensão. É tradicional, aqui em Érebo, colocar os noivos em lados opostos do castelo para que não se encontrem com frequência o suficiente para transarem antes do casamento, mas sinceramente, não funciona. Bom, não estou falando de mim e do Will, meu noivo, mas sim do meu pai e da minha mãe. Minha irmã nasceu "prematura, de sete meses”, mas na verdade minha mãe estava grávida de dois meses no dia do casamento. Infelizmente, elas duas partiram por conta da Peste Negra há alguns anos.

Enfim, cheguei ao meu quarto, e acreditem, estou acabado! Tirei a armadura e analisei meu estado, que por sorte não está tão ruim. A parte mais danificada são meus seios, que apesar de serem bem menores que os de uma mulher, são igualmente sensíveis se não mais. E, quando se usa uma armadura, é preciso comprimí-los com uma faixa para caberem no peitoral. Retirei as roupas e fui ao banheiro. Tomei um banho na banheira de granito e saí enrolado no pano. Fui ao armário e retirei de lá um vestido preto, leve com detalhes dourados. Escolhi um sapato sem salto e todo o conjunto de vestimentas adequadas para um guerreiro recém chegado da batalha. Me vesti e fui, outra vez, para o outro lado do castelo. Não estava perfeito, mas era o suficiente. Chegando lá (finalmente) bati nas grandes portas de madeira. Ele atendeu, feliz, e me puxou direto para um abraço e um beijo. Depois de meses sem vê-lo, eu estava morrendo de saudades! Porém, como estou cansado até no fundo do meu útero, meus joelhos cederam e eu quase caí. Will me segurou e me pôs na cama dele.

W:- você não me escuta quando digo para descansares, não é?

N:- eu precisava vê-lo.

W:- podia ter pedido a alguém que me contatasse de sua chegada, oras!

N:- mas quando chegasse, talvez eu já estivesse na subconciência, ou então ainda nú após o banho! Por acaso gostaria de me ver de alguma dessas formas?