Halloween

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Nico narrando
Olhei enfurecido pro Satanás do meu namorado.

W:- não vai adiantar fazer essa cara.

N:- Batman e Coringa, sério?

W:- você preferia o que? Arlequina e Hera Venenosa?

N:- preferia não ir.

W:- mas a festa já é na nossa casa...

N:- mas não dentro dos chalés!

W:- Nico! Qual é, vai ser divertido! Poxa, você combina com o tema da festa.

Reviro os olhos.

N:- até quando você vai usar essa desculpa?

W:- pra sempre, ela nunca vai deixar de ser válida.

Dei-lhe língua e ajeitei aquela capa idiota sobre os ombros. A máscara estava pendurada em meu pescoço, por ser desconfortável de usar. Will me fez colocá-la antes de sairmos do C13 para a maldita festa de Halloween organizada no Acampamento. Alguns romanos haviam ido também, entre eles, minha irmã, vestida de bruxa, e Frank, com uma maquiagem aterradora de zumbi/fantasma que deuses lá sabem como ou quem fez. Haviam inúmeros doces, algumas bebidas, uma pista de dança montada numa área aberta do Acampamento, alguns daqueles jogos patetas de Halloween e um palco com karaokê. Estava tocando A Million Gruesome Ways to Die quando saímos, pelas caixas de som instaladas pelos chalés 7 e 9.

Assim que saímos, Will imediatamente foi para a mesa de doces, pegando um chocolate com imagens de caveiras e mastigando-o em seguida.

W:- ainda acho que você deveria ter ajudado na decoração.

N:- por que? O chalé 20 fez um ótimo trabalho.

Isso não podíamos negar. As teias de aranha, caveiras, morcegos, lápides e outros enfeites característicos estavam bem convincentes.

W:- sim, mas Lou disse que não foi fácil arranjar os ossos. Você podia ter facilitado.

N:- me economiza, Will. Você mesmo me diz pra evitar usar os poderes, principalmente pra banalidades.

W:- essa festa não é banal! Sabe como é difícil convencer Quíron de que podemos dar uma festa?

N:- a culpa é dos Stoll que batizam a comida e bebida, não minha.

W:- mesmo assim, é um esforço coletivo!

N:- vulgo pagar Hermes pra inventar uma missão pros filhos e tirar os dois do Acampamento pra então dar uma festa.

W:- nós fizemos uma vaquinha. E foi difícil arrumar tudo sem a ajuda do chalé 11.

Eu teria dado uma resposta infantil ou qualquer coisa do tipo, mas fui surpreendido por um abraço.

H:- Nico! Você ficou ótimo nessa fantasia.

N:- valeu mana. Você também.

Encarei Frank, que estava pouco atrás dela.

N:- a dúvida que não quer calar: como você fez essa maquiagem?

F:- bom... o uso de maquiagem é algo bastante tradicional para asiáticos. Tanto para homens quanto para mulheres. Então eu sei umas coisinhas.

Hazel sorriu.

H:- ele maquia muito bem. Olha só a minha!

Reparando bem, Hazel estava com os cílios alongados, um delineado dourado, um degradê adorável nos lábios, um brilho espalhado pela pele e algumas estrelinhas desenhadas ao redor dos olhos e nas maçãs do rosto. Frank coçou a nuca.

SOLANGELO NOSSO DE CADA DIA!!Onde histórias criam vida. Descubra agora