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Will narrando
Já ouvi muitas histórias loucas nas minhas férias aqui no Havaí, mas eu mal sabia, estava prestes a vivenciar uma. Eu sempre adorei a praia, sabem? Sol quentinho, areia fofa, ondas, água do mar, conchas... amo tudo isso. Gosto muito de surfar também, e quando quero ficar sozinho, vou para a praia durante a noite. Na cidade onde moro, há uma praia também, mas meus pais decidiram que seria mais interessante conhecer outro lugar nas férias. Eu não vi problema, apenas ficaria longe dos meus amigos, mas nada fatal. Então estávamos andando em um calçadão próximo ao hotel onde estávamos hospedados, comprando algumas coisas aqui e ali, incluindo alguns presentes que meus amigos me cobraram. Olhando entre uma barraca e outra, avistei uma que me chamou a atenção. Ela era colorida, com vários adornos e enfeites à venda. Fui olhar mais de perto, e notei que eram as coisas mais belas que eu já havia visto. Haviam máscaras entalhadas, brincos de conchas e penas, mandalas, anéis de coco, tudo isso, e bem mais coisas. Talvez em outras barracas fossem produtos parecidos, mas aqueles eram bem mais belos. O dono da barraca apareceu por detrás de uma cortina, numa parte interna da barraquina, e eu imediatamente pensei: "mais belo que os produtos, só o vendedor". Era um rapaz, mais ou menos da minha idade, de pele oliva bronzeada, cabelos e olhos negros brilhantes, estatura alta, algumas tatuagens, uma roupa bem típica dali: regata larga com uma estampa tye-dye, um short jeans azul colado, um chinelo preto sem enfeites e um brinco semelhante aos que estavam à venda, porém mais bonito. Ele tinha cabelos compridos, amarrados em tranças afro numa lateral da cabeça, que se desfaziam por trás e se uniam ao restante do cabelo em uma trança única, enfeitada com um prendedor em forma de âncora prateado. Ele sorriu para mim.

?:- boa tarde. Em que posso ajudar?

Sua voz era extremamente melodiosa e viciante, em um tom calmo e relaxado, sem pressa, mas não por isso preguiçoso. Eu quase pedi para que ele me contasse tudo o que sabia sobre a história do Havaí só para poder ouvir mais de sua voz.

W:- hm, boa tarde. Eu estava pensando em levar um artigo de cada uma das peças disponíveis, achei todas as mais lindas daqui.

Ele sorriu, em agradecimento, e foi me perguntando quais eu queria, e me mostrando também uma bolsa com um estilo de pirata, feita de pano, também muito linda. Comprei um pouquinho de tudo, e aproveitei para levar na bolsa. Eu percebi imediatamente que precisava saber quem era aquela pessoa tão bela e sedutora que havia me atendido.

W:- se não for incômodo perguntar... qual é o seu nome?

N:- Nico di Angelo. E, reciprocamente falando, qual seria o seu?

W:- Will Solace. Eu... poderia encontrar você... em algum outro momento?

Ele sorriu novamente. Caramba, que sorriso perfeito!

N:- claro. Eu costumo ficar na praia mais próxima durante a noite, entre as 20:00 e 23:30. Se quiser me encontrar, estarei por lá.

Agradeci e lhe dei uma piscadela. Ele riu e retribuiu. Saí de lá quase saltitando. Bom, eu não sou muito de romances de verão, mas parecia valer muito a pena.

A:- o que aconteceu para o seu sorriso estar maior que a cara?

W:- é... eu meio que consegui um encontro.

Naomi:- opa opa! Eu ouvi encontro?! Me conta tudinho que rolou e vai contar depois também!!

W:- calma mãe! Eu conheci um dos vendedores do calçadão, ele tem mais ou menos a minha idade e é muito bonito! O nome dele é Nico di Angelo. Ele disse que podemos nos encontrar na praia aqui perto, ali pelo meio da noite.

A:- humm... não sei não filho. Acho melhor você não ir.

W:- ué, por que?

A:- tem vários casos de desaparecimentos nas praias daqui a noite, a maioria de jovens que estavam indo a encontros.

SOLANGELO NOSSO DE CADA DIA!!Onde histórias criam vida. Descubra agora